Por algum motivo que não consigo definir claramente, debrucei-me, ou melhor, entreguei-me à famosa saga Operação Cavalo de Tróia, publicada nos anos 80 e escrita por J.J.Benitez, jornalista investigativo e escritor espanhol.
Tenho certeza de que muitos dos que agora estão lendo estas reflexões já conhecem essa obra, originariamente publicada em brochura e, agora, também em audiobook. Narra uma viagem no tempo, realizada, com apoio dos EUA, por dois militares americanos, sendo que apenas um foi a campo e a quem se deve as narrativas apresentadas.
Considerando que a possibilidade de viagem no tempo ser uma experiência não divulgada pelo governo americano, como muitas outras que permanecem distantes do conhecimento do público – sempre sob a alegação de segurança nacional -, a experiência relatada pelo militar que entregou ao escritor seus apontamentos, leva o leitor a questionar se realmente não haveria veracidade nesses eventos.
Impecável o detalhamento descritivo daquele momento trágico que foi a condenação e a crucificação de Cristo, precedida de inominável crueldade e desumanidade no flagelo daquele Homem, que, se não possuísse uma compleição tão forte, como a relatada, teria perdido a vida já naqueles terríveis momentos iniciais.
Impressionou-me a maldade dos sacerdotes do templo, sua ardilosa estratégia para convencer o governador Pôncio Pilatos que relutantemente postergou a prolação da sentença de morte pretendida. Não faltou uma turba sedenta e manipulada, que em coro gritava pela morte do Nazareno, concedendo a Anistia em pauta naquele momento, ao terrorista Barrabás. Interessante observar que as testemunhas apresentadas na audiência que antecedeu a condenação eram compradas a peso de ouro e os trâmites legais não foram obedecidos. Todas as falhas processuais foram devidamente relatadas pelo expectador americano.
Fazendo um paralelo com os dias atuais, fico estarrecida em observar a similitude de comportamento dos julgadores, a ausência de respeito às normas legais, a inconsciência dos participantes, que foram levadas propositalmente àquela praça, retratando a sanha incontrolável de condenar pessoas inocentes. E o mais estarrecedor é que se demonstrou, devo ressaltar, orquestrado tão somente para manter o status quo do poder daqueles poderosos que se viam ameaçados por um Homem que pregava o Amor, a Bondade, o Respeito à Família, aos seus semelhantes e, principalmente, a existência de um Deus Único. O objetivo era claro: a manutenção de um sistema corrupto, totalmente manipulado e estrategicamente forte em sua base de poder.
Como não comparar aquele momento, considerado o mais importante da história, com os dias de hoje? Como não concluir que grande parte da humanidade permanece a mesma de então, sem qualquer evolução, enraizada em sua crueldade, maldade, manipulação, corrupção, vaidade e ganância?
A Humanidade continua dividida entre o bem e o mal. Permanece em seus conflitos de princípios e valores, como se a experiência vivida durantes estes dois últimos milênios em nada houvesse contribuído para a evolução do ser humano, sequer abrindo o coração das pessoas.
Infelizmente, presenciamos a cada dia que, em verdade, fomos e somos manipulados por interesses escusos, controlados pelo poderio econômico mundial, pelas escolas formadores de futuros adultos inconscientes, pela grande mídia que interfere na consciência e decisão das pessoas. Somos tratados como um rebanho e poucos temos consciência desta realidade.
Felizmente parece que tem aumentado o número de pessoas que estão percebendo e lutando, com galhardia, contra este sistema corrupto e nefasto, sempre na tentativa de alterar o presente e desvendar nas veredas da esperança um futuro melhor para nosso povo.
Nosso querido Brasil vive momentos desafiantes, que, contudo, não tiveram início agora. Desde o seu descobrimento, passando pela Monarquia, a República Velha, e as que se seguiram – sempre sob o lema da “democracia”, coitada, constantemente vilipendiada -, mantém o povo em uma roda viva, como se envolta em um estado de sofrimento que parece não ter fim.
Sou daquelas pessoas que ainda acreditam que haverá de ser dado um fim ao espectro da maldade que por milênios vem se mantendo atuante nas relações humanas. Confio que os despertos haverão de irradiar sua luz e envolver as pessoas de bom coração que se encontram adormecidas pela névoa da cobiça envolta no manto da modernidade. Confio que a Luz sempre ilumina e retira de qualquer espaço as sombras nele existentes.
E assim será nesta nova Era da Luz! Inexistirá maldade, inexistirá sombras, inexistirá turbulência, pois, a Justiça Divina será feita!










