Desde o ataque japonês, tem havido intenso debate sobre porquê e como os Estados Unidos foram apanhados desprevenidos, e até que ponto e quanto as autoridades estadunidenses tinham conhecimento prévio dos planos japoneses, uma vez que o evento poderia ser uma motivação planejada para que os estadunidenses aceitassem a entrada do país na guerra contra os países do eixo.
Por isso, o nefasto ataque surpresa do grupo terrorista Hamas contra Israel, vitimando civis inocentes, está sob suspeita quanto a certa facilidade de sua operação em face da enorme capacidade logística e de informação do Estado Judeu e também quanto a efetiva participação do Irã e da Rússia na organização do genocídio.
A quem beneficiaria um ataque bárbaro que visou prioritariamente a população civil e não os alvos somente militares?
Obviamente, o ataque terrorista não beneficiou a População Palestina, oprimida em seus anseios de liberdade, tampouco beneficiou a população de Israel, por mais que consigam eliminar os integrantes do Hamas. Mas certamente beneficia o Irã que assiste aos preços do petróleo aumentarem e pode suspender o acordo entre a Arábia Saudita e Israel.
A Rússia por outro lado, além de ter um maior lucro com as exportações de petróleo, tem a perspectiva da redução da ajuda dos EUA e OTAN para a Ucrânia em beneficio de Israel. Ao fim, como ocorreu em Pearl Harbor, favorece o governo em decadência política do primeiro ministro Bejamim Netanyahu, que vinha perdendo apoio popular e sofrendo acusações de corrupção.
Porém, afirmar que o ataque do Hamas foi uma conspiração para beneficiar o Irã, Rússia ou Netanyahu é apenas uma teoria sem evidências suficientes, que levará anos de investigações e diversas análises acadêmicas.
É importante lembrar que o Hamas é um grupo extremista, que embora divulgue a defesa das aspirações da gente Palestina, há anos tem como único objetivo atacar e ameaçar Israel e que possui a sua própria agenda política e ideológica radicais. Além disso, o conflito entre Israel e Palestinos é complexo e envolve muitas questões históricas, territoriais e religiosas.
Dentro deste intrincado contexto é necessário visualizar soluções pacíficas e justas para o problema, que não comportem ações violentas e inócuas.
A solução para o problema da Palestina envolve a compreensão de que um povo oprimido e alijado de parte da sua terra original tem o direito a um lar estável compartilhado com um povo, em sua maioria advindo da Europa, que por anos foi perseguido e dizimado por suas crenças e costumes religiosos, encontrando na terra ancestral o seu refúgio e a oportunidade de desenvolvimento social, político e tecnológico.
É interessante notar que esse dilema político-social ignora o que é fundamental na crença religiosa dos atores envolvidos, o perdão e o amor ao próximo, exaltando o ódio e obliterando a razão.