Se houver um ataque a um determinado país, este tem a justificativa para retribuir um ataque semelhante?
Poucas pessoas discordariam e justificariam que atacar o agressor seria o direito a autodefesa. A maioria das pessoas porém argumentaria que, embora possa ser correto aproveitar a maior capacidade bélica reativa, garantindo uma ação extremamente devastadora para que o país agredido não possa ser atacado novamente, aniquilando, de forma aterradora, o país agressor, fazendo da sua população civil vítimas de uma sanha sanguinária, seria ir longe demais para os padrões civilizatórios atuais, pois igualaria o caráter nefando do agressor à ânsia rancorosa do país agredido.
Uma nação, embora composta de seres humanos dotados de emoções, não pode se comportar com a fúria revanchista descontrolada para aplacar os ânimos de seus cidadãos extremados, pois exporia um caráter presuntivo desumano e extremamente chocante para o mundo civilizado, cujas bases teológicas foram assentadas em suas crenças ancestrais. Portanto, a força razoável em legítima defesa seria a que visa proteger a integridade do país e a segurança da sua população, sem ultrapassar os limites éticos e morais.
O objetivo de uma reação legítima deve ser o de cessar qualquer possível ataque e desencorajar novas agressões, mas sem recorrer a uma violência excessiva que possa colocar em risco a vida de civis inocentes ou trazer consequências graves e duradouras para ambas as partes envolvidas, tanto no campo material como no humano.
A defesa de uma nação digna, dotada de profundas convicções morais, primadas por suas crenças teológicas de alto nível humanista, deve ser orientada pela razão, com base em princípios éticos e jurídicos, jamais pela emoção insensata ou pelo desejo inopinado de vingança. Em verdade, a força razoável em legítima defesa é aquela que busca a paz e a justiça e não apenas a represália a qualquer custo, disseminando o ódio entre os povos e perturbando a harmonia da humanidade.