Pesando bem, nem tudo está perdido neste caótico mundo dos nossos dias. Nas últimas décadas o que estava dizimando florestas virgens mundo afora eram os “predadores” da indústria do papel, sempre querendo mais, sem medir as consequências ambientais dessa ambição. O setor tem dois divisores, um deles, aglutina os produtores de celulose e o outro, produção de papel para as mais diferentes aplicações. O mundo ainda acusa esses dois setores como os grandes responsáveis pela desertificação de grandes áreas mundo afora, principalmente no Brasil (um dos maiores produtores de celulose do mundo), China, Indonésia, Finlândia, Suécia e Filipinas. Nos últimos anos, no entanto, a situação tem mudado. Não se espera de uma hora para outra liquidar esse problema. Os seres humanos inconsequentes ainda continuam a ferir de morte o pulmão do mundo destruindo florestas. No caso da produção de papel ainda há fortes esperanças. Os grupos empresariais mais desenvolvidos no segmento como a International Peper e a West Rock, ambas norte americanas, ao lado da chinesa Nine Dragon, da japonesa Nippon Paper e da Stora Enso, que opera na Finlândia e Suécia passaram a fazer uso de tecnologia eficiente e com mais garantia de resultados em defesa do meio ambiente. Cada vez mais os grandes fornecedores de celulose estão mais atentos e cuidando de forma eficiente o replantio. São áreas plantadas com árvores selecionadas para se transformar em papel. Com isso, a esperança é de que o mundo possa, senão se livrar, pelo menos ver atenuada essa possibilidade de poluição ambiental em função da manutenção da floresta em pé. Por que podemos alimentar essa expectativa? Porque foi criada na Europa e com extensão em todo o mundo a Two Sides. Trata-se de uma organização global, que realiza ações consistentes visando o uso consciente do papel, em todas as suas modalidades – dedes os utilizados para escrita até papelões, embalagens e para outros fins. O mote de suas ações é incentivar o cultivo de florestas e, especialmente, o processo de reciclagem – o papel é uma matéria prima altamente degradável e sem os riscos do plástico, que são quase perenes a fustigar a humanidade. Como comentário paralelo, o Brasil hoje em dia perde suas florestas naturais, não para a produção de papel, mas para pastagens e para a sanha desenfreada, sem controle dos caçadores de ouro. Humanos e animais dessas regiões atingidas estão cada vez mais acuados.
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Antoninho Rossini – Jornalista e Escritor