Faço parte de um grupo que frequenta botecos na Chácara Santo Antonio, aqui
em Sampa. Muita brincadeira, papo furado mas…vez por outra, surgem algumas
divergências.
Em várias crônicas, mencionei meu profundo amor pelo Rio de Janeiro. Que
aprendi a entender e amar durante os quase trinta anos que viajei,
semanalmente, para tão acolhedora cidade. A sede da empresa que eu
trabalhava, era lá.
Mas aquela velha rivalidade no futebol oriunda dos tempos da Taça Rio – São
Paulo, lá pelos anos 50, criaram uma espécie de birra, com as duas cidades
se “enfrentando” na base da gozação e, muitas vezes, partindo para uma briga
mais séria.
E ainda hoje resta uma leeeeve rivalidade.
O paulistano acha que todo o carioca é metido, que não trabalha e passa a
vida na praia. E eu digo:
– Alto Lá! Aquelas pessoas deitadas na praia e curtindo uma banho de mar
são, majoritariamente, turistas!
Por todo o tempo que passei naquela maravilhosa cidade aprendi a entender,
amar e defender os cariocas.
E sempre quando surge a velha rivalidade tenho sempre pronto alguns
argumentos. Destaco este:
Um dos maiores compositores de todos os tempos foi Noel Rosa, carioca de
Vila Isabel cujas músicas são executadas até hoje. E quem foi seu principal
parceiro? Oswaldo Gogliano, o Vadico, paulistano do Brás, que junto com Noel
compôs, entre outras, CONVERSA DE BOTEQUIM!
E ainda no campo da rivalidade, temos Brasil X Argentina!
Mais uma curiosidade: o tango mais famoso é POR UMA CABEZA, consagrada
magistralmente por Carlos Gardel que além de cantar, compôs sabem com quem?
Alfredo Le Pera, nascido no Bixiga, aqui em Sampa!
Portanto amigos radicais, deixemos de bobagem e curtamos a vida!
FRASE DE BOTECO
Estado extremamente modesto, esse São Paulo; fez toda sua fortuna com café
e ergue em sua capital um viaduto do chá!
MILLÔR FERNANDES