Dezembro é o mês de conscientização sobre a prevenção ao HIV e de reafirmar que o Dia Mundial da Aids celebra conquistas importantes da ciência, das políticas públicas e da sociedade em favor do cuidado integral e da redução do estigma relacionado ao HIV/Aids. Neste sentido, vale ressaltar o fato de que as pessoas que vivem com HIV têm acesso gratuito ao diagnóstico rápido e ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com qualidade e acompanhamento contínuo.
Na cidade de São Paulo, reconhecida pelo jornal britânico The Telegraph como referência internacional na resposta ao HIV/Aids, a Prefeitura tem investido de forma consistente em inovação, prevenção combinada e ampliação do acesso aos serviços de saúde, aproximando a prevenção do cotidiano dos mais de 12 milhões de habitantes.
A estratégia municipal integra o cuidado à rotina da população. As estações de metrô, por onde circulam diariamente cerca de 2,9 milhões de pessoas em dias úteis, tornaram-se pontos estratégicos para a oferta de tecnologias de prevenção. Nas estações Vila Sônia, Luz, Santana, Consolação e, mais recentemente, Brás, máquinas automatizadas permitem a retirada das profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV, a PrEP e a PEP. O acesso ocorre por meio da leitura de um QR Code disponibilizado após teleconsulta pelo aplicativo e-saúdeSP, no canal SPrEP.
Esse fluxo inovador garante sigilo, agilidade e eficiência, permitindo que, em pouco tempo, a pessoa tenha acesso às medicações que impedem o risco de infecção pelo HIV em possíveis situações de exposição, como rompimento ou não uso do preservativo.
Além das profilaxias, o SUS de São Paulo distribui preservativos internos e externos e outros insumos de prevenção em diversos espaços públicos, como terminais de ônibus, estações da CPTM, eventos de grande circulação populacional e unidades de saúde em todas as regiões da cidade. Nesse atendimento ampliado, a população também pode acessar o autoteste para HIV, ferramenta fundamental para o diagnóstico precoce. Em caso de resultado positivo, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para a realização do teste confirmatório e, havendo confirmação, iniciar de forma imediata e acolhedora o tratamento e o cuidado em um dos 17 Serviços de Atenção Especializada (SAE) disponíveis em todas as regiões da cidade.
Em 2025, a Prefeitura avançou ainda mais nessa estratégia ao instalar cinco armários dispensadores de autotestes em locais estratégicos de grande circulação, reforçando o compromisso com o diagnóstico oportuno e a ampliação do acesso, sendo eles na Galeria Olido e no Parque Augusta – Prefeito Bruno Covas, ambos no centro, no Centro Cultural da Juventude – Ruth Cardoso (CCJ), na Vila Nova Cachoeirinha, zona norte, no Centro Cultural Grajaú – Palhaço Carequinha, na zona sul e no Terminal de Ônibus da Lapa, na zona oeste.
O trabalho permanente das equipes da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo garante que não se perca nenhuma oportunidade de ofertar prevenção, informação e promoção da saúde integral. A capilaridade da rede municipal fortalece essa atuação e se reflete em resultados concretos, apresentados no 17º Seminário de Pesquisas em IST/Aids, realizado em São Paulo, e compartilhados ao longo do ano em eventos nacionais e internacionais.
Entre os marcos alcançados está a eliminação da transmissão vertical do HIV no município desde 2019, resultado que antecedeu o cenário estadual, em 2023, e o reconhecimento nacional divulgado neste ano. Esse avanço reafirma o protagonismo de São Paulo no cuidado ao HIV/Aids.
O desafio permanente do município é facilitar cada vez mais o acesso à prevenção, qualificar continuamente as equipes e aprimorar a assistência, garantindo que a população tenha acesso ao que há de mais avançado em ciência, tecnologia, cuidado humanizado e respeito às diversidades, pilares que orientam as políticas da Coordenadoria de IST/Aids e fortalecem a resposta municipal ao HIV/Aids.
Cristina Abbate, coordenadora municipal de IST/Aids
Luiz Carlos Zamarco, secretário municipal da Saúde de São Paulo












