Trinta e quatro anos depois voltei a um estádio para ver um jogo da Seleção Brasileira. O último tinha sido um Brasil x Argentina, na Itália, quando um gol de Canigia nos mandou de volta para casa. Acompanhado do meu filho, nora e netos fomos ao Couto Pereira para ver Brasil x Equador. Não fosse pelo aniversário do meu neto (que queria ver Vini Jr) provavelmente não teríamos ido. Nem teríamos enfrentado uma noite de aborrecimentos. Preço do ingresso: Cr$400,00 para cada um, com direito a um pedaço de cimento da gélida arquibancada do Couto Pereira – e sem direito a meio ingresso para idosos ou crianças, como se isso não fosse uma norma que devesse ser respeitada.
Fiz as contas: por Cr$400,00 (teve gente que pagou até mais) o que recebemos foi uma noite quase de horrores, que começou no péssimo serviço da empresa contratada pela CBF para comercializar os ingressos, passou pelas condições de conforto do estádio (igualmente péssimas) e terminou num esquálido 1 x 0, resultado de uma exibição raquítica de nenhuma inspiração. Algo condizente com a ridícula posição do futebol brasileiro de hoje (quarto lugar nas eliminatórias sul-americanas), disputando aos murros uma classificação com Colômbia, Venezuela e Equador, como se estas fossem verdadeiras potências do futebol mundial.
É verdade que meu neto Rafael gostou de ter visto Vini Jr, mas nós saímos convencidos de que precisamos dar outro presente de aniversário para ele. Espero que não seja uma camisa da Seleção Brasileira.
Presente de aniversário. Por Tim Teixeira
Jornalista
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