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E agora, a Pós-COP30 – por José Renato Nalini

O encerramento da tão esperada COP30 não deve representar a conclusão do ativismo ecológico. Pelo contrário. A partir das conclusões que não atingiram todos os objetivos, enfatiza-se o protagonismo das entidades subnacionais – municípios e Estados – e principalmente da sociedade civil, para que atuação que adapte os espaços urbanos às inclemências climáticas tenha prosseguimento e se intensifique.

No momento em que a geopolítica mundial sofre retrocesso até na principiologia ecológica, é o momento de a cidadania assumir um papel decisivo. Na prática de atos corriqueiros que podem preparar os municípios a fim de que não haja mais mortes desnecessárias, aquelas causadas por enchentes, desabamentos, quedas de árvore e outras ocorrências que se tornarão a cada dia mais frequentes.

E há uma razão adicional que legitima a postura assertiva e participativa de todas as pessoas lúcidas: o Brasil ainda é responsável pelos preparativos da COP31, que será realizada em Istambul e na Austrália, em novembro de 2026.

Por isso, não há de se interromper a pregação, a conclamação e a conduta proativa de todas as pessoas sensíveis, preocupadas com o futuro da Terra e das gerações pelas quais somos responsáveis. Continuemos os plantios, a educação para a economia de água e energia, a utilização prioritária de transporte coletivo, o ciclismo, o pedestrianismo, o adequado descarte do resíduo sólido que produzimos nesta cidade gigantesca.

Não é possível que todos os dias se recolham quinze mil toneladas de resíduos e pouco desse desperdício é reciclado, porque a população não consegue separar o que é orgânico – e apodrece – daquilo que é seco.

Quem se preocupa com o amanhã tem de estar acordado hoje. É o que se espera dos verdadeiros patriotas, pois cuidar do ambiente é assegurar que haja futuro da aventura humana sobre este sofrido planeta.

*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.

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