Huberto Rohden (1893-1981) foi filósofo, professor, conferencista e escritor brasileiro, com mais de 65 obras sobre Ciência, Filosofia e Religião, várias traduzidas para outras línguas, inclusive o Esperanto e até mesmo em Braille.
O filósofo contemporâneo e Mestre espiritual Huberto Rohden comenta no prefácio de seu livro “Sabedoria das Parábolas” que quase todas as parábolas de Jesus giram em torno da ideia do “Reino de Deus” ou “Reino dos Céus”.
Num reino há superior e súdito, ou seja, alguém que orienta e os que seguem sua orientação.
E segundo as palavras do Cristo, o Reino de Deus está dentro do homem. Portanto, deve esse reino significar uma hierarquia de valores e de fatos que integram a natureza humana.
Segundo Huberto Rohden, o Reino de Deus no homem é o “Eu” divino da nossa alma que governa o ego humano da nossa mente, das nossas emoções e do nosso corpo.
Ainda bem, que esse Reino de Deus existe em todo homem!
Porém, na maioria das pessoas existe em estado dormente, e, portanto, compete ao homem despertar e desenvolver esse reino que o Mestre Huberto Rohden chama de a “pérola preciosa”.
O ser humano deve pôr a serviço da vida própria e alheia o Reino dos Céus.
E como afirma Huberto Rohden “Quem nos conta essas parábolas havia realizado plenamente esse Reino de Deus em si mesmo”.
Aqueles inexperientes que ouviam as parábolas não podiam ouvir o que, na realidade, era esse Reino. Precisavam das comparações e analogias para poder compreender por semelhança o que era esse Reino de Deus.
Falar do Reino dos Céus é falar de algo transcendental que, na realidade, todos buscam, isto é, o “Eu” divino, o “Eu” maior que nos habita.
Jesus Cristo falou ao povo sobre o que ele viveu e experienciou interiormente.
Passava Cristo noite inteiras no alto dos montes ou na solidão do vazio, durante os três anos da sua vida pública, em sintonização cósmica com o Infinito.
E então, surgem as parábolas da profunda e infinita experiência direta com o Reino de Deus.
Segundo Huberto Rohden, toda parábola tem dois elementos: o símbolo material e o simbolizado espiritual.
O símbolo material é compreensível a todos; mas a compreensão do simbolizado espiritual depende do estado de evolução de cada um.
Por isso, o ensino das parábolas é acessível a toda e qualquer classe de homens, ou seja, cada um entende as parábolas de acordo com sua evolução espiritual.
Acima de tudo, as parábolas visam à consciência do Ser.
Portanto, a compreensão das parábolas é um convite a um profundo conhecimento metafísico e místico que transbordará, com certeza, em autorrealização com princípios e ética.
“Eu vim para servir a Humanidade”.
Huberto Rohden (1893-1981), filósofo, professor, conferencista e escritor brasileiro.