Difícil acreditar que o governo Lula não apoia o movimento terrorista Hamas depois desse financiamento, a um organismo da ONU reconhecidamente, com envolvimento até pela própria Nações Unidas, com o Hamas na Faixa de Gaza.
Tal realidade nos leva a ver com tremenda preocupação com a nossa política externa. Ela se dirige nitidamente, para uma aliança com países, em sua quase totalidade, ditatoriais e muitos, com concepções obscurantistas e retrógradas em relação ao mundo e os direitos dos seres humanos.
Esta realidade me leva a lembrar da nossa história.
A ditadura do Estado Novo de Vargas nutria evidentes simpatias com a Alemanha de Hitler. Esperava-se, até que, o Brasil viesse a se aliar ao Eixo Berlim – Roma Tóquio, Pacto assinado por Hitler, Mussolini e Hiroito. Isso durou até antes dos USA entrarem na guerra logo após o ataque japonês a Pearl Harbour. O encontro Getúlio e o presidente dos USA Franklin D. Roosevelt selou a nossa sorte ao nos integrarmos nas forças Aliadas, lideradas pela Inglaterra, USA e URSS dentre outros, que finalmente, derrotam a barbárie nazi fascista.
Lembrei-me dessa História, para cotejar com os tempos que ora vivemos.
O mundo mudou e muito, é outro. Mas existem semelhanças. Uma delas é assistirmos o governo brasileiro com claras simpatias com um Eixo de países antidemocráticos, na sua maioria ditatoriais e com concepções obscurantistas e retrógradas em relação ao mundo cada vez mais integrado e globalizado e de desrespeito os direitos fundamentais do ser humano. E isso é tremendamente preocupante.
Na década de 40 do século passado nos fizemos a coisa certa. Hoje não podemos permitir que façamos a coisa errada.
Uma vergonha a nossa política externa atual.
Roberto Freire é ex-deputado federal e presidente do Cidadania,