O Brasil acompanha estarrecido a explosão dos casos de dengue registrados nos últimos meses. Trata-se de um problema de saúde pública que provoca acúmulo de pacientes nos já superlotados hospitais e postos de atendimento em todo o país. Paralelamente, e para fazer um comparativo, parte da população acompanha os Reality Shows, onde quem decide pela eliminação é a própria população. No caso da dengue a possibilidade de eliminação também está nas mãos e nas atitudes da população.
Ganham espaços no noticiário os casos cada vez mais volumosos de pessoas em busca de tratamento após o início dos sintomas da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde, só nos primeiros quinze dias do mês de janeiro foram registrados 10.961 casos na Região Sul do país. O número representa quase mil por cento em relação ao mesmo período do ano passado.
Se não forem tomadas medidas urgentes, a situação pode se tornar ainda mais alarmante diante de fatos como aumento das chuvas, o fenômeno El Niño, o aumento das temperaturas e a constatação de que, no verão acontece aumento gradual de casos de dengue, com o auge da gravidade no mês de março.
No âmbito municipal, a prefeitura de São Paulo ampliou, a partir de 1º de fevereiro, as ações de combate à dengue. Uma iniciativa é o aumento do número de agentes de combate à dengue nas ruas da capital, de 2 mil para 12 mil, com objetivo de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
O trabalho tem foco no bloqueio de criadouros, ampliando a capacidade de enfrentamento ao mosquito na capital. E para atendimento à população, a municipalidade disponibiliza 471 Unidades Básicas de Saúde (UBS), com profissionais médicos e de enfermagem para ofertar aos munícipes atendimentos, testes rápidos de dengue e hidratação.
Voltando ao Big Brother, onde a população escolhe quem será eliminado, agora é a vez de cada cidadão fazer a sua parte, colocar a dengue no paredão e decidir pela sua eliminação.
*Janaína Lima (MDB) é vereadora na Cidade de São Paulo