As mudanças climáticas são um fenômeno global que já estão sendo sentidas em todo Brasil. O país vem registrando um aumento na temperatura média, na frequência e na intensidade de
eventos climáticos extremos, como secas, inundações e incêndios florestais.
Com isso é possível observar os efeitos das mudanças climáticas no Brasil, que vem causando
uma série de efeitos negativos, incluindo:
- Aumento da temperatura média: O Brasil é um país tropical, mas a temperatura média
vem aumentando nos últimos anos. Este aumento está causando impactos na
agricultura, na saúde humana e na biodiversidade. - Aumento da frequência e da intensidade de eventos climáticos extremos: As secas,
inundações e incêndios florestais estão se tornando mais frequentes e intensos. Esses
eventos estão causando danos materiais e humanos, e estão deslocando milhares de
pessoas de suas moradias e convívio social e econômico.
Os eventos climáticos extremos causados pelas mudanças climáticas estão gerando crises
humanitárias cada vez maiores. Em 2022, por exemplo, o país enfrentou uma seca histórica no
Nordeste, que causou a perda de safras agrícolas, a escassez de água e a morte de animais.
Também em 2022, o Brasil enfrentou uma série de inundações no Sul e no Sudeste, que
causaram danos materiais e humanos.
As agências de defesa civil por sua vez, vêm trabalhando para mitigar os impactos destas
mudanças climáticas, realizando ações de prevenção, mitigação e resposta a crises.
As ações de prevenção incluem campanhas de conscientização sobre os riscos das mudanças
climáticas, o desenvolvimento de planos de contingência para eventos climáticos extremos e a
construção de infraestrutura resiliente à tais mudanças.
Entretanto, um enorme vazio se encontra nas questões de auditoria destes planos de
contingência e o treinamento dos seus gestores, uma vez que não dispõem de recursos
tecnológicos, tão pouco de cultura para o emprego de simulação computadorizada, com o
objetivo de validá-los.
Os simuladores de crise permitiriam que os órgãos de Defesa Civil, assim como as agências
intervenientes pudessem validar a capacidade dos seus recursos, assim como checar a eficácia
da sua estratégia de combate (planos de contingência) para cada microssistema envolvido na
crise e possíveis sub crises que dela adviriam.
Este vazio limita a capacidade de planejamento da Defesa Civil em cenários de enfrentamento
de crises de grandes proporções e treinamento adequado aos seus gestores, levando-os às
improvisações, gastos excessivos sem licitações e o pior, vidas ceifadas e famílias desabrigadas,
que levam anos para se recuperarem e retornarem a sua normalidade.
As ações de resposta a crises incluem o resgate de pessoas em áreas afetadas por eventos
climáticos, o fornecimento de assistência humanitária e a reconstrução de infraestrutura.
De acordo com dados do Portal da Transparência, o gasto total com defesa civil no Brasil em
2022 foi de R$ 2,2 bilhões. Deste total, R$ 1,4 bilhão foi destinado a ações de resposta e
recuperação a desastres: - Socorro: R$ 484,6 milhões
- Assistência: R$ 693,5 milhões
- Restabelecimento de serviços essenciais: R$ 221,9 milhões
- Reconstrução: R$ 100 milhões
e R$ 800 milhões a ações de prevenção: - Ações de prevenção: R$ 800 milhões
- Obras de infraestrutura: R$ 300 milhões
- Capacitação de agentes de defesa civil: R$ 250 milhões
- Campanhas de conscientização da população: R$ 250 milhões
O Brasil enfrenta uma série de desafios para enfrentar as mudanças climáticas. Um dos
principais desafios é a falta de recursos financeiros para investir em ações de prevenção e
mitigação, além das conveniências políticas na procrastinação de meios mais inteligentes de
planejamento.
Outro desafio é a falta de coordenação entre as diferentes esferas de governo, além da falta de
cultura no emprego intensivo de tecnologias modernas para o desenvolvimento inteligência
estratégica no combate às crises.