O Brasil, veja só, tem como ídolos gente como Robinho e Daniel Alves, ex-jogadores da Seleção Brasileira de Futebol, que nada mais são do que bandidos estupradores. Gente prestigiada pela família de outro ídolo do futebol, Neymar. As revelações atuais sobre o assassinato de Marielle Franco são espantosas – revelam os tentáculos do crime organizado no mundo político, como escreve Wilson Tosta, da BBC Brasil. Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, Tribunal de Contas do Estado do Rio. Em cada uma dessas instituições, atua um Brazão, clã que teve dois membros, Chiquinho e Domingos, presos no domingo (24/3) no âmbito da investigação das mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. Para este ano, os Brazão já preparam a renovação: o jovem Kaio Brazão, de 22 anos, deve concorrer para vereador, tentando garantir a sobrevivência do clã político, agora sob investigação policial. Os Brazão têm prestígio. O governador Cláudio Castro (PL) elogiou Chiquinho em discurso na campanha passada. O prefeito Eduardo Paes foi a um evento de pré-lançamento da candidatura de Kaio Brazão. O jornalista Jorge Oliveira, da JCV – Jornalismo, cinema e video, pergunta: Por que um dos matadores esteve no condomínio do Bolsonaro, na Barra, antes e depois do crime? “E por que a imprensa está escondendo essa informação? Por que não se apura a aproximação dos milicianos da Zona Oeste com a família Bolsonaro? Está faltando jornalismo e sobrando vaidade em um governo que cai nas pesquisas de opinião e de uma imprensa que trabalha com informações oficiais (release) sem questioná-las Muita água ainda vai rolar sob esta ponte.” O colunista Wálter Maierovitch, do UOL, opina que há necessidade de se dar um breque em Bolsonaro. “De qualquer forma, Bolsonaro terá algo para se vitimizar. Vai cruzar as pernas para mostrar a tornozeleira eletrônica. Depois de tudo isso, prisão preventiva decorre da necessidade. Há a necessidade de se dar um breque no Bolsonaro”. Após o jornal norte-americano The New York Times revelar que Jair Bolsonaro passou duas noites na embaixada da Hungria, a prisão preventiva do ex-presidente se mostra necessária, afirmou o jurista Maierovitch no UOL News desta terça (26). “A Justiça também se desmoraliza. Para ele pode tudo? E o tratamento igualitário? Com relação à Justiça, há elementos e há necessidade que, no caso de Bolsonaro, está na cara de todo mundo”. Maierovitch ressaltou que Alexandre de Moraes deveria pedir a prisão preventiva de Bolsonaro. O colunista, porém, alertou que a medida causaria reação imediata, com críticas sobre a atuação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). A apreensão do passaporte não foi suficiente para interromper as atividades suspeitas de Bolsonaro, na opinião de Maierovitch. O colunista vê o caso da embaixada da Hungria como justificativa para novas medidas contra o ex-presidente – e é nesse caso em que se encaixaria um pedido de prisão preventiva. Basta Bolsonaro!