Nesta semana, o Rio de Janeiro viveu mais um de seus tenebrosos dias, quando, num típico ataque de guerrilha, ônibus foram depredados e incendiados como represália a uma ação legítima da polícia.
Na Bahia, nos últimos meses, os confrontos entre os criminosos e a polícia tem provocado mortes e mais mortes dos dois lados.
No litoral paulista, tivemos vários confrontos sanguinários entre a força policial constituída e a marginalidade. Sem falar do chamado novo cangaço com suas ações superviolentas que aterrorizam, explodem bancos e caixas eletrônicos com requintes de ações guerrilheiras.
Está na cara e não é de hoje, que a forma de atuação policial e nossas leis não conseguem mais conter as organizações criminosas. Para os críticos das ações policiais que acusam esse aparato legítimo e constitucional de agir com força superior à da criminalidade, é preciso deixar claro que o confronto entre a lei e os fora da lei, não é joguinho de futebol de rua, de onze contra onze, ou dez contra dez.
Aquele que afronta a legalidade e comete um crime tem que ser enfrentado e não apenas no faz de contas, ou no jogo de par ou ímpar.
Nasci e vivo na cidade de São Paulo e tenho direito de ir e vir como qualquer outro cidadão, mas isso já não é possível.
Recentemente parei meu carro num estacionamento na avenida São Luiz, no centro novo e o manobrista de cara me fez uma recomendação: cuidado, esconda todos seus pertences e, principalmente, o celular porque toda hora tem arrastão por aqui. De dia ou noite. Só não vi qualquer policial por perto.
Aliás, acho que é preciso mudar os métodos de policiamento, que já não estão dando bons resultados. Precisamos correr atrás dos receptadores da coisa roubada e mudar as leis. Não sou favorável ao aumento de penas, acredito que seria até bom diminuir e obrigar o infrator a cumprir a pena integral.
Senhores políticos: SOCORRO.