Olá amigos do ORBISNEWS.
Depois da vitória do Palmeiras sobre o Internacional de Porto Alegre (3×0) Abel Ferreira, técnico palmeirense foi enfático:
“O futebol brasileiro é insano e desumano. O quê se faz aqui é um absurdo. Joga-se três vezes por semana. Assim, o primeiro dia após a partida é para recuperação, tratamento, desintoxicação; o segundo dia é para treinamento técnico-tático e viagem ou concentração para jogo no dia seguinte; o terceiro dia é jogo e algumas vezes esse é o quarto dia”.
Prosseguiu: “É verdade, estou de saco cheio”. Temos que jogar no nosso campo. Aí, muitas vezes nos impedem de jogar nos nossos campos. São shows e/ou outros eventos que não o futebol. Nos nossos estádios é que devemos treinar e jogar. Quando são locados para shows ou eventos temos que mudar nossos jogos para outros estádios. Menores e sem as mesmas condições de quando jogamos em casa. Isso é um absurdo.”
Ele tem total razão.
Há casos em que até o gramado é usado com cadeiras ou público em pé. Aí, gente a coisa fica pior. A turma chega, pisa, repisa, faz xixi lá mesmo. Se chove tudo piora. Verifiquem após esses shows com gente no gramado as condições ficam. Buracos, grama pisada e repisada.
Estádio de futebol é para partidas de futebol. Nem nas férias deveriam ser utilizados. Nesses casos tudo bem, mas utilizar os gramados, jamais.
Que se respeitem os “names rights”.
Como diz o meu amigo Milton Neves: “Das coisas menos importantes o futebol é a mais importante”.
Futebol parou guerra para se jogar uma partida vendo o Santos do imorredouro Rei Pelé jogar.
Isso foi no dia 4 de fevereiro de 1969: a Guerra de Biafra parou para o povo nigeriano ver o Santos jogar contra a Seleção do Meio Oeste. A vitória santista foi por 2 a 1, com gols de Edu e Toninho Guerreiro. Era técnico do Santos Antônio Fernandes, que foi craque do “Peixe”, depois treinador, tio-avô do atual técnico Santista o Marcelo Fernandes.
Encerrando o nosso papo de hoje, mais uma vez cumprimento o Abel Ferreira e tenho a mesma opinião: Estádio de futebol é para jogos de futebol e respeitado o direito dos nossos clubes de jogarem em seus estádios. Torcedores, associados, conselheiros devem cerrar fileiras nessa luta. Cobrem dos seus dirigentes essa obrigação.
E a minha torcida para que o Abel continue técnico do Palmeiras e renove o contrato para mais 4 anos.
Um abraço.
Lucas Neto
Excelente análise, Lucas Neto. O excelente Abel tem motivos de sobra para ficar de saco cheio. Luiz Carlos Ramos