Doce ilusão… patrocinada pelos “progressistas” do globalismo internacional, de que um pleito eleitoral poria fim a uma ditadura de 25 anos na Venezuela…
Tragicômico foi observar o mais podre dos sistemas de mídia ao sul do Equador tentar dar ares de “normalidade” a uma eleição de fachada… com final programado. Mas isso já era esperado. Afinal, nossa imprensa mainstream cultiva profissionais em descrédito, que já venderam a alma e empenharam a consciência no banco das almas sem dignidade…
Tragicômico é constatar o estado catatônico de nossos “supremos” magistrados (em letras minúsculas)… e dirigentes políticos (ídem), que, tomados de assalto pelo choque dos fatos, observam que a oposição venezuelana consegue demonstrar a fraude eletrônica digitalizando as atas das urnas, cuja recontagem pode ser efetuada com os votos impressos…
A cereja do bolo apodrecido pertence ao próprio complexo petrolífero norte-americano, detentor hegemônico dos rumos ditados à PDVSA – o que faz de Maduro, nesse campo, mero funcionário de um comércio controlado em Houston – Texas.
Mas, como se diz por aqui e alhures: os canalhas têm limite.
Vamos, portanto, ao que interessa:
Nicolás Maduro é um usurpador criminoso. Agarra-se a uma estrutura de poder incapaz de ler uma cartilha de alfabetização. Rodeado de elementos que se destacam pela periculosidade, sem qualquer outro mérito. Refém de um estamento de fardados desprovidos de honra – gente sem espinha, traficantes de drogas, milicianos famélicos e marginais corruptos.
Com esse “aparato”, denominado “bolivariano”, Maduro reprime manifestações populares e retarda o acionamento da descarga sanitária que o descolará do poder.
Desonra militar
As forças armadas venezuelanas são uma desonra militar. Servem de espelho para aqueles que, envergando farda na América Latina, ainda podem diferenciar ser humano… de excremento humano.
A força militar bolivariana possui o triplo de generais que o Reich alemão na Segunda Guerra Mundial, para comandar efetivo vinte vezes menor. Oficiais que compensam o lixo em que chafurdam com polpudos salários e cargos arranjados em empresas estatais sucateadas. Empertigados, ignoram o tráfico de drogas sob suas ventas e permanecem cegos às dezenas de milhares de “sombras” cubanas – oficiais do exército de Cuba lotados no governo de Maduro, encarregados de mantê-los sob estrito domínio do partido comunista cubano.
Cuba, e seu braço internacional – o Foro de São Paulo, mantém a Venezuela sob seu domínio, pois dali extrai todo o óleo bruto que necessita para manter a ilha abastecida, além de sugar todos os recursos ali disponíveis. Em troca, mantém o estrume bigodudo e o comando venezuelano sob estreita vigilância pessoal. Nesse campo, a tolerância entre cubanos e petroleiros norte-americanos é curiosa e absolutamente “pertinente”…
Temeroso, porém, de perder o apoio das forças armadas, Maduro aumenta escandalosamente o efetivo de sua milícia paramilitar – evitando ao máximo o contato dos soldados regulares com a população miserável, cujas manifestações de protesto trata de reprimir de forma violenta e desumana.
As milícias, por sua vez, são formadas por seres miseráveis, gente que não tem outra opção de sustento para si e seus familiares que não o uso da farda. Esse monturo de analfabetos funcionais treina palavras de ordem e pratica o terror na população, para inibir ou reprimir manifestações. Por óbvio, nas “horas vagas”, os celerados armados também se dedicam a assaltar civis e comparecer a eventos programados pelo governo, para fazer número e gritar as palavras de ordem que decoraram.
Compreendendo que, sem um “inimigo externo”, não manterá capacidade de mobilização, Maduro intenta criar conflitos ocasionais com seus vizinhos – Guiana, Colômbia e Brasil, esperando dessa forma atrair a ameaça bélica norte-americana.
Nesse campo, o narcoditador não tem qualquer condição estrutural para sustentar qualquer conflito bélico. Seu aparato militar é altamente dependente da Rússia e da China – que têm interesse em vender e nenhum interesse em manter o que vendem funcionando…
A força militar venezuelana é uma sucata de luxo, sem capacidade de se mover, navegar ou voar. Se for realmente agir, será por ter sido mimetizada por forças militares estrangeiras, abastecidas pela China e Rússia e compostas por cubanos.
O produto do “socialismo”
Após anos de regime esquerdopata, a Venezuela quebrou. Tornou-se um país miserável – um mendigo com chagas expostas sentado em barris de petróleo. Falta tudo: de energia a cerveja, passando por papel higiênico, remédios e alimentos básicos.
A economia venezuelana movimenta-se apenas dois dias por semana – no mais, o país permanece literalmente no escuro. A crise de energia revela o apagão administrativo, orientado hoje pelo despreparo, a incompetência, a corrupção e a burrice.
Embora a Venezuela se afogue em petróleo, sua sucateada estatal perde progressivamente a capacidade de extração. Ademais, o país não tem qualquer possibilidade de refino. A Venezuela exporta óleo cru para importar gasolina num vergonhoso paradoxo: os Estados Unidos são o grande importador do petróleo venezuelano e o maior exportador da gasolina para a Venezuela. Os EUA são responsáveis por dois terços do combustível importado pela Venezuela.
A Venezuela também importa nafta, outra matéria-prima necessária para processamento do óleo cru venezuelano (extremamente viscoso). Com as contas da estatal PDVSA confiscadas nos EUA, a Venezuela vive um apagão no abastecimento de gasolina, com evidentes reflexos na sua própria capacidade militar de deslocamento. Tudo isso só amplia as ruínas da economia venezuelana.
A ditadura bolivariana mantém-se sob um Estado de Emergência Econômica, instrumento de exceção que dá poderes especiais a Maduro para suspender a ordem constitucional. Foi montado nesse estado de exceção que o ditador já cortou relações com a Colômbia, abriu e fechou a fronteira terrestre com o Brasil… em especial para impedir a entrada de comboios humanitários, com ajuda de mantimentos e remédios, mantendo a população em estado infecto e famélica.
A miséria é a grande estratégia eleitoral bolivariana
Clamor popular e baixa moral
O ditador não irá durar. Na latrina em que foi transformada a Venezuela, a descarga libertadora será disparada por dentro ou por fora do país.
O clamor popular pode ser silenciado à força, mas não deixa de gritar na consciência nacional.
A polícia de Maduro está com a moral visivelmente baixa. Utilizada como papel higiênico, reprime as manifestações que se espalham por todo o país com visível hesitação – alternando barbárie com confusão.
É crescente o volume de cidadãos venezuelanos nas ruas, protestando contra o governo e a favor de uma ajuda internacional duvidosa. Isso porque o estado de coisas na Venezuela atende ao jogo geopolítico internacional: o ouro, em abundância, segue para a Rússia, o óleo bruto segue para os EUA e para a China, a estrutura portuária serve aos chineses e cubanos, o território é refúgio do tráfico de drogas colombiano e a esquerda brasileira faz do vizinho campo de treinamento para quadros do MST.
As reservas venezuelanas há muito saíram do país. Estão em mãos do globalismo internacional sediado em Bruxelas. Logo… o destino trágico dos venezuelanos é alimento para a mídia podre globalista exercitar sua cotidiana hipocrisia.
O Enigma Cabello
O atabalhoado Maduro, como se sabe, é um fantoche de Diosdado Cabello – o verdadeiro herdeiro político de Hugo Chávez.
Cabello é mentor do sistema de articulações políticas que formou a rede de relacionamentos envolvendo narco-guerrilhas, movimentos sociais, como o MST brasileiro e partidos de esquerda sul-americanos. Foi esta mesma rede, aliás, que enredou e enredou toda a política internacional petista no Brasil.
Diosdado Cabello mantém boas relações com José Dirceu, Dilma, Stédile, com o narcotráfico colombiano, tanto quanto com o Foro de São Paulo – leia-se PT.
Não à toa, foram os governos Lula que financiaram a latrina venezuelana com o dinheiro do povo brasileiro.
Cabello permanece como homem-chave na provável transição entre Maduro e um eventual sucessor. Ele é o verdadeiro poder chavista e o grande inimigo da oposição venezuelana. Se ele se curvar, o governo cai.
Não à toa, durante as eleições de 2024, tratou de comandar a delegação olímpica da Venezuela em Paris, mantendo, ali, as articulações com os chamados “progressistas” do globalismo internacional.
De fato, uma negociação via Cabello é considerada pela inteligência internacional na busca de se evitar qualquer solução bélica.
Para os globalistas, que já se encontram contaminados com o material humano petista no Brasil, no Chile, na Bolívia e Nicarágua, sempre haverá necessidade de “tapar o nariz” e construir pontes, visando encontrar uma saída para que Maduro seja defenestrado, sem que seus carrascos temam retaliações. Isso vale para a diplomacia e para quase todo o comprometido estamento político e militar bolivariano.
Cabello reduziu consideravelmente suas aparições. O distanciamento e “sumiço” de Cabello podem significar a negociação de uma via de fuga.
Mas é fato que a queda do ditador venezuelano ainda depende das ruas – e as ruas estão dando sua resposta contrária a Maduro.
Ocorre que, no caso venezuelano, isso não é o bastante. Tal como ocorreu no Brasil, os milhões de habitantes que vagam em manifestações espetaculares pelas ruas venezuelanas ainda dependerão de alguma dissensão interna na seara política do governo. Os quadros postados no deep state – lá e cá – não possuem um pingo de dignidade; ela já se esvaiu há décadas.
Espera-se, portanto, algum laivo de consciência de novos personagens corajosos – seja por redenção moral, por ousadia ou mesmo por canalhice – algo que poderá provocar a ruína do governo bolivariano.
Importante detalhe histórico: a Venezuela mergulhou na ditadura a partir do seu próprio aparato militar e, com exceção do parlamento nacional – sujeito ao voto popular – todo o restante sistema de Estado foi dominado pelos bolivarianos. Esse sistema mantém-se sob a tutela de um número inconfessável de “assessores” militares cubanos e de pelo menos duas unidades militares castristas operacionais, completas – ambas vergando uniforme venezuelano. ISSO torna o núcleo de governo refém da ilha caribenha.
A escalada da violência e crise geopolítica
O expediente eleitoral venezuelano – que só Lula, o PT e seus aliados esquerdistas entendem como “normal” – obviamente impedirá qualquer governo opositor, reconhecido internacionalmente, de exercer o controle territorial no país. Por isso mesmo, os países vizinhos, Europa e Estados Unidos, aguardam que a estrutura entre em colapso – como já ocorreu em várias outras ocasiões históricas com governos esquerdistas ditatoriais – algo difícil de ocorrer no contexto miserável da Venezuela.
Do ponto de vista internacional, afora o capital já retirado do solo venezuelano e em mãos globalistas, o estrume bigodudo só interessa hoje a Cuba, Rússia e China. O primeiro por instinto de sobrevivência do seu próprio regime, os outros dois por razões geopolíticas muito claras. O Brasil comuno-petista também vê a Venezuela como destino de novas obras faraônicas sem risco de adimplemento – algo que já se sabe bem a quem, para que serve.
Se o petróleo deixou de ser um trunfo venezuelano para os EUA (e o preço internacional do petróleo assim o demonstra), o intenso comércio armamentista com Rússia e China vem, gradativamente, se apossando dos mesmos recursos petrolíferos venezuelanos. Esses países amarraram Maduro ao trono ensanguentado do poder bolivariano, impedindo que abandone o país. Serão esses países – e a Turquia de Erdogan, com certeza – os destinatários dos trânsfugas bolivarianos quando o castelo de cartas em que estão apoiados cair de vez na Venezuela. Deles poderá sobrevir, no entanto, algum apoio militar ao estrume de bigode, na hipótese da descarga da latrina venezuelana ser disparada por meio de uma intervenção militar internacional.
Essequibo, por exemplo, é a “bola da vez”. Ali situam-se reservas auríferas, possibilidade de haver nióbio – ou seja, área preciosa para exploração, e que antes de pertencer à Guiana, teve parte dele integrada ao território do Brasil. Maduro prepara uma escalada em direção ao conflito bélico que pode envolver um Brasil “conivente” e um Suriname alinhado com os EUA e Grã-Bretanha.
Após o fiasco eleitoral, a possibilidade de uma nova escalada de violência é real. Essa escalada poderá produzir uma crise humanitária capaz de relativizar a soberania venezuelana, autorizando intervenção internacional no território para pacificação e a remoção de Maduro, à força. Se isso ocorrer, o conflito será bélico. Portanto, toda a atenção deverá se voltar para a Venezuela.
A solução do conflito, em bases assimétricas, poderá ser indigesta até mesmo para a débil diplomacia tupiniquim. E essas opções, agora, estão à frente de Maduro.
De toda forma, para remover o estrume de bigode… será preciso acionar a descarga.
Vale o conselho romano: “Si vis pacem, para bellum” (Se quer a paz, prepare-se para a guerra).