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Humanidade acima da burocracia – por Sorayah Câmara

A burocracia é um dos principais problemas que afetam a produtividade nas corporações no globo.

A proposta do livro “Humanocracia: criando organizações tão incríveis quanto às pessoas que as formam”, escrito por Gary Hamel e Michele Zanini, defende que as empresas podem se tornar mais eficientes, inovadoras e resilientes ao adotar a humanocracia.

As organizações precisam de pessoas com iniciativa que sejam proativas, que gerem soluções para os problemas e com paixão para assumir riscos.

São os funcionários que determinam se vão trazer iniciativa, criatividade e valor para a empresa ou não. A forma como as companhias tratam os seus colaboradores é fundamental para que essas características aconteçam.

É comum em empresas burocráticas e desumanas a falta de autonomia e baixa participação dos profissionais nos processos de desenvolvimento de produtos e serviços.

O fato é que com pessoas menos engajadas, o negócio se torna despreparado para inovar e acompanhar as mudanças do mercado.

A ideia sobre burocracia é controlar para gerar eficiência. Porém, esse excesso de controle é responsável por incapacidades que arrastam a organização.

Assim sendo, é necessário empresas mais ágeis, participativas e inovadoras. Mas à medida que o mercado se tornou mais dinâmico e as pessoas mais capacitadas, a burocracia nas companhias somente aumentou.

Profissionais querem ser tratados como adultos e não como instrumentos para produzir resultados.
Ninguém gosta de ser chamado de capital humano!

Portanto, a questão central na humanocracia é aproveitar ao máximo o potencial criativo das pessoas que trabalham na organização, independentemente de cargos e títulos.

Em um sistema de burocracia, os seres humanos são instrumentos e em um modelo de humanocracia, a organização é o instrumento.

Ou seja, a empresa é o veículo que as pessoas utilizam para melhorar as suas vidas.

A maioria das organizações é sobrecarregada pela burocracia e é lenta e tímida.

Por isso, são essenciais empresas ousadas, empreendedoras e ágeis como a própria mudança.

Enfim, apesar do uso da tecnologia trazer enormes vantagens competitivas, as companhias devem realizar transformações em prol da humanização no ambiente de trabalho para que a inovação aconteça com inspiração e criatividade.

Os temas que antes eram tabus nas organizações, como a felicidade, por exemplo, começam a ocupar um espaço importante na agenda da liderança. Hoje, já existe até uma função específica para gerenciar projetos de felicidade com o objetivo de desenvolver programas especializados, que resultem em ambientes saudáveis, colaborativos, que elevem o índice de bem-estar dos colaboradores e levem ao aumento da criatividade, produtividade e dos resultados sustentáveis.

É importante o tema da felicidade nas empresas, porque há crescimento no ambiente de trabalho do transtorno de “burnout” e da depressão.

Portanto, devido à forma como o negócio é gerenciado, os relacionamentos com as pessoas podem mudar a trajetória da organização.

Enfim, a humanocracia aumenta o comprometimento dos indivíduos nas empresas.

“Uma burocracia eficiente ameaça seriamente a liberdade.”
Eugene McCarthy (1916-2005), político americano.

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