Uma vida ética busca o equilíbrio e a ética platônica busca uma articulação entre o Belo e o Bom.
Na filosofia de Platão (427-347a.C.), filósofo grego, a ética implica compreensão do Bem Universal e o indivíduo inspirado pela força desse Bem consegue superar o excesso.
Uma forma é bela se ela constitui em si mesma um todo perfeitamente harmonioso.
Portanto, o Belo é a forma manifesta do Bem.
A beleza carrega a ideia de harmonia. O sujeito ético é capaz de tomar consciência do Bem e harmonizar-se internamente.
Ou seja, tornar-se um sujeito moral significa buscar manifestar a beleza.
Em Platão, a beleza é a forma na qual o Bem Universal se manifesta por meio da ação do sujeito ético em toda a sua transparência.
Ou seja, longe de ser um padrão estético, a beleza aparece, nesse sentido, por meio das atitudes que todos consideram como nobres e belas.
Por outro lado, aquilo que é “feio”, desaconselhável e insensato são as atitudes tomadas por aqueles que são ignorantes desse Bem Universal.
E como declarou Sócrates (470-399a.C.), filósofo grego, “o homem faz o mal porque é ignorante do Bem”.
O sujeito moral é aquele que pelas suas atitudes e pelo seu discurso busca a verdade daquilo que é Belo e Bom, a conexão primordial com o Bem Universal.
O Bem, filosoficamente, pode ser compreendido como a realidade perfeita e suprema do ser enquanto ser e também, pode ser entendido simplesmente como aquilo que é desejado por todos ou aquilo que é agradável.
A Teoria platônica do Bem se enquadra na Teoria metafísica do termo (o Bem pode ser compreendido como a realidade perfeita e suprema do ser enquanto ser), justamente pelo fato de que Platão associa o Bem realmente como fundamento último das ideias; para ele, as ideias e a capacidade de conhecê-las, assim como elas são, provêm do Bem.
O Bem dá, no mundo inteligível, a capacidade de compreender a essência de todas as coisas e de gerar as ideias de tudo o que é.
Enfim, segundo Platão, o Bem é demonstrado como a ideia mais importante de todas, mas, ao mesmo tempo, também está acima delas porque as gera; assim sendo, não pode defini-lo, mas contemplá-lo, papel exclusivo e indispensável do filósofo-rei.
O Bem é criador de tudo aquilo que é!
O Bem além de ser agente gerador da inteligibilidade, também é algo desejado.
Nesse sentido, o Bem, segundo a Teoria platônica também possui um caráter subjetivista.
É mais adequado falar do Bem de modo oral e não por escrito, pois é difícil sua definição.
O Bem é necessário para entender a justiça e a justiça não pode existir sem o Bem.
O Bem é condição ou critério de justiça, sem ele não existem pessoas justas.
Em suma, o Bem ocupa o ponto central da filosofia platônica e faz da ética de Platão não uma ética do dever, mas uma ética que independe do bem-estar das pessoas.
“Não há nada bom nem mau a não serem estas duas coisas: a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal.”
Platão (427-347a.C.), filósofo grego.
Parabens Soraia- matéria da maior importância- brilhante como sempr