Hércules certamente encontrar-se-ia estarrecido com o direcionamento que foi
dado aos Jogos Olímpicos de 2024, se comparados ao quão desafiador
houvera sido os doze trabalhos então a ele impostos pela deusa Hera.
Considerado o fundador desse evento grandioso, na Antiguidade, se sentiria
decepcionado e provavelmente ofendido com o sentido e falta de
discernimento verificado desde a abertura do evento, que seguramente não foi
inocente. Não foi um equívoco.
Pondero ser possível fazer esta afirmação, após analisar o apogeu da cultura
woke e a implementação da Agenda 2030, na cultura francesa, que vem
sendo profundamente bombardeada com a disseminação dos princípios
globalistas. O governo francês, indubitavelmente, assim vem direcionando o
comportamento da sua população e tudo isto tornou-se translúcido nesta
Olimpíada, desde a sua abertura, em Paris.
A abertura foi um show de horrores, caracterizado por verdadeira ofensa e
desrespeito ao mundo cristão, com atitudes que chegariam às raias da
irracionalidade se considerarmos os valores olímpicos – igualdade, equidade,
justiça, respeito pelas pessoas, racionalidade, compreensão, autonomia e
excelência – criados pelo francês Pierre Coubertin, que sem dúvida uniria sua
indignação ao lendário Hércules.
O mundo inteiro presenciou um acintoso deboche aos valores cristãos ao
retratarem a icônica Santa Ceia de Leonardo Da Vinci encenada por Drags.
Impossível considerar esta representação uma obra de arte, uma homenagem
aos princípios que regem os Jogos Olímpicos. Pretendeu-se desconstruir a
imagem do Filho do Criador, em um ritual ofensivo, disruptivo e profano.
O desrespeito aos valores olímpicos foram,poder-se-ia dizer, incompreensíveis,
e realmente não se trata de um equívoco ao analisarmos a política progressista
e globalista dos atuais dirigentes da França.
Cabe uma reflexãomais profunda quandonos deparamos com a presença da
figura do Cavaleiro Branco, um dos retratados no Apocalipse. Estariam, em
realidade, pretendendo passar uma mensagem de que estamos próximos ao
Fim do Mundo? O ultraje ao Cristianismo e a mensagem apocalíptica? Cabe
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lembrar que na Abertura dos Jogos Olímpicos de 2024, o tema foi a
pandemia.
Qual a intenção subjacente em levar ao mundo mensagem que em realidade
nada tem a ver com a beleza dos Jogos Olímpicos, com a demonstração de
valores que são a sustentação do verdadeiro Ser Humano, como dedicação,
resiliência, determinação, equilíbrio, respeito, e, principalmente, Amor, tão
presente no dia a dia desses maravilhosos atletas que brindam a humanidade
com seus feitos e recordes sempre maiores, a cada quatro anos. Todos, seres
humanos que tentam superar sua própria humanidade, tendo como propósito
o ser “mais rápido, mais alto, mais forte”, retratado no maravilhoso Lema
Olímpico “Citius, Altius, Fortius”, introduzido nos Jogos Olímpicos de Verão de
1924, na Paris de outrora.
A mensagem dada ao evento neste ano de 2024 ofendeu, ainda, o maior
símbolo dos Jogos Olímpicos, que indubitavelmente são seus anéis
entrelaçados, cada anel representando um dos cinco continentes, todos ligados
para expressar a ideia de união.
Infelizmente, não foi esta a mensagem transmitida, se considerarmos o descaso
com que foram acolhidos os atletas, desde o início dos Jogos. Se não fossem
as vozes inconformadas de alguns, a desconsideração poderia ter sido pior.
Se não bastasse, o menosprezo com a qualidade das acomodações, a total
ausência de cuidado com as instalações que acolheram os atletas não foi a
única reclamação entre eles. Também a precariedade da alimentação
ofertada, com relatos de situações absurdas como a presença de vermes no
cardápio www.contrafatos.com.br/vermes-sao-encntrados-naalimentacao-de-atletas-olimpicos-no-village-de-paris/, tudo isso
agravado pela poluição do Rio Sena, que, palco das provas da modalidade
Triatlo, infeccionou vários atletas com bactérias inaceitáveis em qualquer
situação, principalmente quando se trata do evento esportivo mais importante
do Mundo.
O Comitê Olímpico Belga retirou sua equipe da disputa do Triatlo Misto,
decisão tomada em face do estado de saúde da triatleta Claire Michel que
competiu no triatlo feminino na semana anterior.(Fonte: UOL)
Infelizmente o lema de Paris-2024, “Ouvrons Grand les Yeux”, que seria
“vamos abrir bem os olhos”, pretendendo resumir o sonho e a ambição de
deixar o mundo inteiro sem palavras, ao contrário deixou o mundo indignado
com o descaso relatado pelos atletas que participaram do importante evento.
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Difícil prever como serão as Olímpiadas de 2028, a ser sediada pela cidade
de Loa Angeles, na Califórnia, EUA. O que esperar deste próximo evento?
Uma incógnita, considerando a política daquele Estado que, para muitos está
longe de ser um modelo exemplar de sociedade ou governança.
Espero que a chama que alimenta o coração dos atletas que diuturnamente se
dedicam à superação de suas próprias capacidades, não se apague e
consigam manter a Força que sustenta seus Propósitos de Vida. São eles, a
verdadeira representação do Criador, quando, com Precisão e Perfeição,
superam a si próprios, com Beleza e Harmonia.
O difícil discernimento entre o Equívoco e a Intenção. Por Elizabeth Leão
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