O famoso 11 de agosto – por Milton Parron

Próxima segunda feira, 11 de agosto, dia de aniversariantes cujas velinhas os brasileiros, de modo geral, terão muito prazer em se juntar ao batalhão de bacharéis em Direito que orgulhosamente irão sopra-las, senão vejamos: 198 anos da criação dos cursos jurídicos no Brasil; 122 anos das inaugurações das nossas duas primeiras faculdades de Direito, a de Olinda, em Pernambuco, e a do Largo de São Francisco, em São Paulo e, para aumentar nosso júbilo, o Centro Acadêmico XI de Agosto da São Francisco comemora na mesma data 122 anos de existência. No programa Memória, domingo as sete horas da manhã, professores ilustres rememorarão histórias por eles protagonizadas quando eram alunos e, mais tarde, como mestres na mesma escola: Miguel Reali, Goffredo da Silva Telles e Manoel Pedro Pimentel. Políticos notórios que se formaram nas Arcadas também darão depoimentos relacionados com o período que frequentaram as aulas na São Francisco: Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Severo Gomes e Aloísio Ferreira Nunes. É lógico que também recorremos ao fantástico acervo do Centro de Documentação e Memória da rádio Bandeirantes – CEDOM – e lá pinçamos verdadeiras preciosidades que emocionarão os ouvintes, a do bacharel e notável escritor Monteiro Lobato que em 1903, como aluno da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, foi um dos criadores do Centro Acadêmico XI de Agosto. Também será apresentado trecho da atuação do saudoso advogado Waldir Troncoso Peres, formado na mesma escola, durante uma das sessões do segundo Tribunal do Júri de São Paulo de maior repercussão nacional. Destaque, ainda, para uma entrevista do doutor Troncoso Peres ao programa Memória há cerca de 30 anos e que se amolda fantasticamente ao momento que o Brasil vive no campo da jurisprudência. A atuação dos alunos de Direito nos tempos do Estado Novo, 1937, e da Redentora, 1964, em outras palavras, ditadura Vargas e ditadura Militar. Um recado aos acadêmicos de hoje que “estão à toa na vida vendo a banda passar”: o programa Memória, em si, não tem muita importância, mas os exemplos legados pelos acima citados quando eram acadêmicos de Direito pode ensinar a muitos de vocês o caminho a trilhar para serem reconhecidos como verdadeiros cidadãos.