Nada melhor para quem gosta de futebol do que assistir a uma partida em que os dois goleiros adversários são protagonistas do espetáculo, pela quantidade e importância das defesas que fizeram.
É uma partida em que os atacantes criam e terminam grandes jogadas, que muitas vezes não se transformam em gol devido à habilidade dos defensores.
Ou o acaso, a bola que bate em alguém, se desvia do endereço certo e sai para fora ou tromba com a trave.
E como a ótima banda mineira de rock já ensinou: “bola na trave não altera o placar”.
Foi assim o desempenho de Botafogo e Palmeiras na noite de ontem, quarta-feira, no estádio que tem por nome Nilton Santos e por apelido meritório, Enciclopédia.
Foi um espetáculo. Para ser completo, deveria ter terminado com o placar em 4 a 4.
Pena que momentos antes a polícia foi chamada a intervir.
Não no futebol, mas na esdrúxula e idiota intervenção de alguns inomináveis que insistem em marcar presença com sua estranha, ridícula e vulgar ação.
Refiro-me aos idiotas que postaram pregaram numa passarela, perto do estádio Nilton Santos, bonecos com a feição da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues – bonecos pendurados numa forca.
Para que tamanha idiotice, tamanha vulgaridade, tamanha violência?
Pena que a polícia não tenha identificado os cafajestes em questão. O xilindró lhes faria bem.
Alertada para tal fato, a presidente do Palmeiras, acertadamente, resolveu não comparecer ao jogo de seu time.
O presidente da CBF não era mesmo esperado.
Esses idiotas não são sequer criativos: estão copiando a bobagem que alguns torcedores espanhóis fizeram para ferir com seu ódio racista o atacante Vinicius Jr.
É uma pena que essa forma de racismo tenha chegado ao Brasil.
Mas que nossos dirigentes e autoridades estejam atentos, porque eles tentarão novamente. Lá na Espanha, conseguiram mandar pelo menos um para a cadeia.
Quem sabe aqui seremos mais eficientes?
Queira Deus.
