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O remédio japonês para crescimento da terceira dentição – por Aonio Genicolo Vieira

No Japão, cientistas da Universidade de Quioto (Kyoto) desenvolveram um medicamento experimental para estimular o crescimento de novos dentes. O medicamento em desenvolvimento descrito como “o primeiro do mundo” com essa proposta, age bloqueando (inibindo) uma proteína chamada USAG‑1, que nos mamíferos normalmente impede que brotos dentários adicionais (além dos dentes de leite e permanentes) se desenvolvam.

Já houve testes em roedores (ratos e furões) com sucesso, sem efeitos colaterais notáveis, provocando o crescimento de novos dentes funcionais. Os testes em humanos começaram em 2024, na primeira fase, 30 voluntários adultos de 30 à 64 anos sem pelo menos um dente posterior, receberam o medicamento por via intravenosa. . O objetivo é avaliar segurança, dosagem e potenciais efeitos adversos.

A previsão se os estudos em humanos provarem a eficacia,  é que o remédio seja comercializado por volta de 2030.

A empresa envolvida no desenvolvimento é a Toregem Biopharma, em parceria com pesquisadores odontológicos.

Até o momento, não há resultados públicos que confirmem que o medicamento realmente gerou dentes novos em seres humanos. O que há são dados de segurança (fase 1), o foco desta etapa não é provar eficácia, mas sim segurança.

Muitos aspectos ainda precisam ser testados: por exemplo, se os novos dentes terão formato, posição e funcionalidade adequados (raiz, esmalte, alinhamento, durabilidade). Há desafios técnicos para garantir que dentes gerados não causem desalinhamentos ou problemas na boca.

O tratamento por enquanto está planejado inicialmente para casos mais graves e raro, como pessoas com falta congênita de dentes (condições como anodontia ou agenesia dentária) embora haja intenção de futuramente, ampliar para quem perdeu dentes por cáries ou traumas.

Mesmo com sucesso, não há garantia de quando ou se o medicamento será amplamente disponível. A estimativa de “mercado em 2030” depende de êxito nas próximas fases e aprovação regulatória.

Conclusão atual sobre “resultado da pesquisa”: nos animais, a regeneração de dentes funcionais foi alcançada com sucesso. Em humanos, a fase inicial de testes já começou com foco em segurança, mas ainda não há provas públicas de que o medicamento faz dentes crescerem de fato em pessoas.

O que temos hoje com segurança é que os implantes dentários continuam a serem a alternativa para quem perdeu os dentes para devolver a estética e a função mastigatória.

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