Na mastigação os dentes têm a função de cortar, perfurar e triturar os alimentos para começar o processo da digestão dos alimentos. Além disto, são importantes para dar o formato da face (estética) e propiciar o processo da fala. Constituem uma das partes mais duras do corpo humano e costumam serem preservados por muito tempo após a morte; estão entre os materiais encontrados por paleontólogos em suas escavações.
Você deve já ter observado que eles não são iguais. Na arcada superior (maxila) temos dezesseis dentes e na arcada inferior (mandíbula) temos dezesseis também ( portanto, 32 ao todo) assim subdivididos em cada arcada:
- Quatro incisivos, localizados na frente (dois do lado esquerdo e dois do lado direito) destinados a cortar os alimentos.
Dois caninos (um de cada lado) também chamados de presas, destinados a perfurar e segurar os alimentos para os incisivos cortarem.
- Quatro pré-molares (dois de cada lado) destinados a triturar os alimentos
- Seis molares ( três de cada lado) também destinados a triturar
- Você verá, numa ilustração que todo dente é formado de três partes:
- Raiz – que prende o dente à estrutura do osso por meio de fibras que servem de amortecedor para a mastigação
- Coroa – a parte branca visível que serve para mastigação e fonética
- Colo – a parte localizada entre a raiz e a coroa
*foto mostrando o dente
O dente é um órgão formado por vários tecidos
- Esmalte – formado por 95% de parte mineral fazendo o dente ser a parte mais dura de nosso corpo para resistir às forças da mastigação ( pode chegar até 120 Kl) e é responsável pela proteção da dentina
- Dentina – substância dura e sensível que é responsável pela proteção da polpa
- Polpa dentária – substância mole e vermelha. É rica em vasos sanguíneos e nervos (que nos avisa quando há um problema –“dor de dente”).
- Cemento – tecido que recobre a raiz do dente, fazendo a união das fibras com o osso alveolar.
*foto dos tecidos dentários
Nós possuímos duas dentições: a de leite (assim chamada devido à cor branca dos dentes) que começa a cair por volta dos seis aos sete anos de idade e a permanente, que se completa por volta dos vinte anos. O bebê, ao nascer, não possui dentes (para que possa mamar e não machucar sua mãe), mas eles estão em desenvolvimento internamente, junto aos maxilares. Por volta dos seis meses, os dentes começam a apontar rompendo as gengivas. Primeiro surgem os incisivos, depois os caninos e por fim os molares.
Forma-se assim a primeira dentição, ou dentição de leite. Ela estará completa em torno dos cinco anos de idade e compreende vinte anos. São oito incisivos, quatro caninos e oito molares. Mas esta dentição não é permanente. Os dentes permanentes vão se desenvolvendo internamente na estrutura óssea. Por volta dos seis anos, os primeiros dentes de leite vão caindo, dando lugar aos permanentes. Nesta fase é interessante que os pais levem seus filhos ao cirurgião dentista para que ele veja se o crescimento das arcadas esta compatível com o tamanho dos dentes permanentes. Assim pouco a pouco, a dentição permanente vai se formando.
A dentição permanente se completa mais ou menos aos vinte anos e, como dissemos, abrange 32 dentes: oito incisivos, quatro caninos, oito pré-molares e doze molares. Os terceiros e últimos molares são chamados de “dentes do juízo” ou “dentes do siso” por nascerem por volta dos 20 a 21 anos de idade, fase em que consideramos o indivíduo adulto e responsável por seus atos. Conforme a posição dele e o tamanho da arcada podem nunca vir a nascer, sendo necessário sua retirada.
Procure manter uma excelente higiene dental utilizando fio dental e escovações após as refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) para mantê-los o maior tempo possível cumprindo sua função em nosso organismo.
Aonio Genicolo Vieira é cirurgião dentista