Um homem enciumado e totalmente descontrolado, entrou pela manhã no hospital Doutor José Frota, em Fortaleza, e foi direto ao setor de alimentação, onde matou a tiros um funcionário e, ainda, motivado por ciúmes, o decapitou; a namorada do suspeito também trabalhava no hospital.
Após o bárbaro crime, o assassino logrou fuga do nosocômio, mas foi preso oportunamente. Mas como o autor do homicídio conseguiu entrar no hospital sem passar pela portaria? Como o autor do crime é ex-funcionário do hospital, foi demitido há mais de um ano, conseguiu acesso à unidade de saúde por meio do reconhecimento facial, que ainda estava ativo. Ou seja, a administração do local não providenciou o descadastramento no sistema eletrônico de controle de acesso, possibilitando, por negligência, que o criminoso conseguisse entrar sem nenhuma dificuldade.
Essa problemática é muito comum em condomínios residenciais. Moradores trocam de carro e não avisam a portaria. Quando o empregado doméstico é demitido, esquecem de comunicar a administração. E não podemos esquecer do condômino(a) que ao terminar relacionamento com a(o) namorada(o), que tinha acesso liberado no edifício, não avisa a portaria para retirar a permissão. Ou seja, o condomínio acaba virando verdadeira “casa da mãe Joana”, que é uma expressão da língua portuguesa que significa “o lugar ou situação onde vale tudo; sem ordem; onde predomina a confusão, a balburdia”.
A verdade é que moradores cobram da portaria triagem perfeita para liberar o ingresso de pessoas e autos, mas muitos deixam de fazer sua parte, atrapalhando bastante o serviço dos porteiros e zeladoria.