2040, o ano em que fechamos a década de ouro da nossa economia. Desde os anos 70, o País não crescia tanto. Ao todo, o PIB brasileiro decolou 48% em 10 anos, consolidando o posto de quinta maior economia do planeta.
Além dos números, o efeito da expansão econômica se vê claramente nas grandes cidades. O Brasil passou a ser um país de renda per capita média compatível com países europeus como Portugal. O desemprego se manteve consistentemente abaixo de 5%, o que contribuiu para que o índice de pobreza diminuísse drasticamente.
Mas o que levou o Brasil a refazer seu tão sonhado milagre econômico? Nosso agro foi fundamental para isso. Afinal, dobramos nossa produção de alimentos em dez anos, exportando desde grãos, carne bovina e frutas como a laranja. Nossas exportações de alimentos abastecem bilhões de pessoas mundo afora.
Vimos também na última década a retomada forte de nossa indústria, mas uma indústria diferente. A instalação de empresas de alta complexidade, principalmente de tecnologia, foi fundamental. Nossa matriz energética limpa e diversificada foi determinante para que isso acontecesse.
Mas, de fato, o que o Brasil fez para se reinventar? Especialistas dizem que a resposta está na Educação. O País decidiu, cerca de 15 anos antes, entrar de vez na era do “talentismo”. Na época, o Brasil amargava as piores posições nos testes educacionais internacionais, como o PISA, avaliação global da OCDE para a Educação Básica. Foi quando nasceu o Pacto Nacional pela Educação, que incluiu governo, famílias e investimento social privado.
A prioridade foi melhorar o investimento na Educação Básica, além de incluir a gestão pela aprendizagem na gestão pauta das redes públicas municipais e estaduais de Educação. Hoje, o Brasil figura entre os dez melhores países em Educação Básica.
Por que isso foi tão importante? Hoje, a população economicamente ativa tornou-se mais bem preparada e apta para o mercado, gerando mais produtividade. Na prática, o trabalhador brasileiro passou a gerar mais recursos e a economia brasileira passou a ser mais competitiva.
Reformas estruturantes também foram fundamentais. A reforma da previdência reequilibrou a parcela ativa da população. Já a reforma tributária simplificou a apuração dos tributos, enquanto a trabalhista passou a onerar menos o empregador e empregado no mercado de trabalho, criando uma avalanche de oportunidades de trabalho. O resultado é que o País tem hoje crescimento em aceleração com suas contas no azul, enquanto taxa de juros e inflação seguem controladas.
Representantes de organismos internacionais como a OMC declaram que o Brasil fez sua lição de casa, que deveria ser copiada pelos demais países da América Latina. E a OCDE reforça a importância da revolução educacional brasileira como força motriz para a década de ouro em nossa economia.
Este texto não é de mentira. Pode ser o retrato da nossa realidade dentro de alguns anos. Temos o conhecimento necessário e os meios para que tudo isso aconteça. É preciso acreditarmos e partirmos para a ação efetiva. Quem levanta o dedo pra ajudar?
Rodrigo Godoy é Presidente Executivo FDG