Aquele provérbio bem popular que diz que “só depois da casa arrombada é que se coloca tranca na porta” ajusta-se como uma luva para se comentar o que vem acontecendo com o mundo.
O sinal de alerta vermelho é resultado de pesquisadores dando conta que o aquecimento global alterará cada vez mais o comportamento total do nosso planeta. Durante as últimas décadas esse era assunto para acadêmicos, considerados seres que vivem no “mundo da lua”.
Bastou a natureza endurecer, com desastres como furacões, irrupção de vulcões, vendavais, tsunamis e enchentes para a humanidade acordar para os riscos da sua sobrevivência. Mesmo assim, há os que, obcecados pelo dinheiro, pelo poder e fama, insistem em dissimulações para continuar com suas peraltices malévolas.
Todavia, os indicadores revelam que estes, geralmente poderosos chefes de estado e empresários gananciosos, ou malucos por aptidão nata, ainda se fazem de “estátuas” e miram a paisagem pragmaticamente. Sim, estes existem, são muitos e por deterem o poder podem ocasionar muitos males à humanidade ainda.
De outro lado, muitas “brigadas” de outros tantos seres conscientes estão correndo atras do prejuízo.
O ESG (Environmental, Social and Governance) foi fundado para reunir os que pensam em recuperar o planeta. Pode até se dizer que em decorrência do ESG estão surgindo empresas e empreendedores mais conscientes. Seus negócios e poder de decisão têm influenciado de forma positiva pessoas de todas as camadas da sociedade e até governos neófitos de que do jeito que está, o planeta não suportará mais tempo.
É com satisfação que se observam movimentos cujo protagonismo vem travestido com uma só roupagem: o ser humano. Não adianta fabricar produtos de beleza sacrificando a natureza, infestar a terra com produtos químicos para se obter mais lucro e muito menos sangrar florestas e rios retirando deles parte da vida na terra. O mesmo se pode enfatizar em relação aos motores à combustão, principalmente com combustível fósseis.
Os segmentos das indústrias de automóveis, aviões, caminhões, motos dentre tantos outros são grandes responsáveis por esse inferno que estamos criando e alimentando. Mas, diga-se, não estão de braços cruzados. Campanhas publicitárias veiculadas pela imprensa, apesar do seu poder de prestidigitação, estão mais conscientes e ajudam seus clientes a entrarem na “onda” de salvar o planeta.
Essas peças publicitárias relatam as melhorias e respeito à natureza em suas respectivas áreas de negócio. Bom sinal. Estamos perto, mas muito perto mesmo de poder contar com o inconsciente coletivo.
Este fará a diferença e seus primeiros sinais já podem ser notados. Cuidar melhor do descarte de lixo, minimizar, ou não usar sacos plásticos, reduzir a poluição visual, sonora e do ar representam um passo gigante em direção a dias melhores.
A casa já foi arrombada. Tomara que dê tempo para, ainda, colocar a tranca e evitar um outro fim para a humanidade.