Foi desastrosa a exibição da Seleção Brasileira em Assunção, na última terça-feira, contra o Paraguai. O time de Dorival Júnior não teve um minuto de lucidez. Se no primeiro tempo o futebol apresentado já foi confuso, pior ainda aconteceu na segunda etapa. Jogadores consagrados fora e dentro de nosso País não se entenderam. A seleção foi confusa em todos os seus setores. Enquanto isso, do outro lado, o Paraguai jogou o “feijão com arroz”, marcou com competência, criou boas jogadas pelos dois lados do campo e levou perigo à meta brasileira em várias oportunidades. O que se esperava do Brasil, foi o Paraguai fez com qualidade. Por isso, o resultado final do jogo foi justo para os donos da casa. Foi a primeira derrota de Dorival Júnior como técnico da Seleção Brasileira. Uma derrota que mostrou sua incompetência na armação de um time base, seus erros no esquema adotado e sua covardia ao manter, por exemplo, o lateral Danilo como titular, quando o Brasil precisava de um jogador naquele setor que não só marcasse bem, mas apoiasse ainda melhor. Foi como se nossa seleção jogasse com apenas dez jogadores.
As consequências dessa derrota podem ser o ponto de partida para uma derrocada total do time brasileiro que, se não vencer o Chile, em Santiago, dia 10 de outubro, pela nona rodada das Eliminatórias, pode até cair para o oitavo lugar na classificação geral da competição. Isso será confirmado se, na mesma rodada, a Venezuela derrotar a Argentina em sua casa, o Paraguai derrotar o Equador em Quito e a Bolívia ganhar da Colômbia na altitude de La Paz. Resultados que, neste momento, podem ser considerados viáveis, já que as seleções citadas cresceram de produção nas últimas rodadas. E tem mais.
Se o Chile não conseguir vencer, mas ao menos empatar com o Brasil, dia 10 do mês que vem, e Venezuela, Paraguai e Bolívia vencerem, o Brasil cairá para 7º lugar e, portanto, estará pela primeira vez em sua história na repescagem. Um vexame total. Para que isso não aconteça, será fundamental que Dorival Júnior deixe sua acomodação costumeira e tome decisões ousadas para melhorar a produção de seu time em todos os seus setores. Na defesa, por exemplo, trocaria Danilo por William, do Cruzeiro, que é um lateral que sabe marcar bem e apoiar com desenvoltura. No meio campo, trocaria Lucas Paquetá, que está em péssimo momento, por Gerson, do Flamengo. E na frente, manteria Luiz Henrique como ponta, João Pedro como centroavante e Vinícius Júnior como ponta esquerda. Também usaria Arana, que apoia muito bem, e o polivalente Gerson para dar suporte ao Vinícius Júnior em suas jogadas pela esquerda.
Para completar, faria a seleção jogar dentro de um esquema bem ofensivo. Sem o costumeiro excesso de preocupação defensiva. E se Vinícius, por exemplo, não produzir o que sabe (como tem acontecido), o trocaria por Lucas Moura, que também sabe jogar no setor. Seria uma Seleção ousada, que começaria o jogo já impondo seu jogo, criando jogadas variadas no ataque e espremendo a zaga adversária.
Se não for assim, e se o Brasil continuar jogando com o defensivismo atual, seu futuro estará mesmo bastante comprometido.
Próximas rodadas: dia 10 de outubro – Bolívia x Colômbia, Equador x Paraguai, Venezuela x Argentina, Chile x BRASIL e Peru x Uruguai. Dia 15 de outubro – Colômbia x Chile, Paraguai x Venezuela, Uruguai x Equador, Argentina x Bolívia e BRASIL x Peru.
Classificação atual: Argentina, 18 pontos ganhos. Colômbia, 16. Uruguai – 15. Equador, 11. Brasil e Venezuela, 10. Bolívia e Paraguai, 10. Chile, 5. Peru, 3. Estas serão a nona e a décima rodadas das Eliminatórias. Para chegar ao seu final, ainda faltarão mais oito para cada seleção. Essa competição está programada para terminar em 10 de setembro de 2025. Em tempo. No texto acima sugiro alterações no time titular do Brasil. Mas só utilizei nomes de jogadores recentemente convocados por Dorival. Nada impede, no entanto, que ele procure outros atacantes lá fora, ou mesmo aqui no futebol brasileiro, que certamente tem boas opções para resolver esse problema. É só saber procurar.