O Brasil é campeão na normatização. Existe lei para tudo. Mas também deve ser a única nação em que se aceita, com naturalidade, a regra de que “há leis que pegam e leis que não pegam”.
O futuro do planeta depende de atitudes responsáveis por parte de uma sociedade humana que não para de crescer. E que, ao densificar a população, além de degradar a natureza, da qual não se considera parte, mas “senhor absoluto”, produz muito lixo. Consome-se demais, desperdiça-se demais, não se descarta de forma correta.
Um dos problemas da civilização contemporânea é o que se joga nas ruas. E que vai parar nos bueiros, nos córregos, nos rios e chega ao mar. Um desses produtos, que precisa ser encarado com seriedade, é o vidro. Deveria ser todo ele reciclado. É a logística reversa, é a economia circular, fundamento das mais fortes economias.
Ainda bem que existem pessoas empenhadas em evitar desperdício. Reuni-me com Alexandre Macário, Presidente da Circula-Vidro, entidade gestora responsável pela logística reversa de embalagens de vidro no Brasil. Congrega a Abividro, a Abrabe e o Sindicerv, que representam a maior parte dos fabricantes e usuários de vidro no Brasil. A Circula-Vidro atua no fortalecimento da economia circular e promove a reciclagem de um material que é 100% e infinitamente reciclável. A reutilização reduz descartes e impactos ambientais. Chega de vidro quebrado e jogado nas ruas ou simplesmente enterrado.
É preciso conscientizar todas as pessoas a um correto descarte. Para começar, utilizando corretamente os PEVs – Postos de Entreva Voluntária, onde você pode deixar as garrafas de vidro a serem reutilizados. São aqueles pequenos contêiners amarelos espalhados pela cidade. você sabia disso? E então? Propõe-se a se servir deles de maneira correta? Se responder afirmativamente, a natureza e o futuro agradecem.
*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.









