Uma citação inglesa que pode ser traduzida como “ notícia boa, não é notícia” desta vez caiu por terra, pelo menos é o que se observa nestes primeiros dias de janeiro de 2024. E a boa notícia é que envolve o segmento da educação, de maior importância para qualquer país, de forma especial ao Brasil, que vem perdendo espaço para o analfabetismo endêmico. O material escolar para os alunos, desde a classificação de “Berçário” até os de Ensino Médio e Línguas, entre outros. Pelo menos é o que se observa aqui em São Paulo neste período preparativo de retorno ao ano letivo, onde a Prefeitura credenciou papelarias para a venda de material escolar a preços justos e vai desde lápis, borracha, livros recomendados, passando por réguas, esquadros e até mochilas com controle de qualidade e uniformes. É de se acreditar que essa medida pode funcionar, contrariando a tese geral que a gestão pública não tem outra preocupação que não seja ligada à eleição. Aliás, pode ser até por esse motivo, uma vez que teremos disputa eleitoral este ano para escolha de prefeitos e vereadores em todo o Brasil. O fato é que nessa mesma onda e para a alegria dos donos de papelaria, as indústrias que produzem materiais escolares decidiram realizar campanhas publicitárias arrojadas. Isso mostra que essas indústrias sabem o que estão fazendo porque empresários não rasgam dinheiro. Os números de vendas devem crescer da ordem de 10% em relação ao do passado. Ao investir em publicidade, em média 2% de suas verbas, os anunciantes vem destacando nas campanhas publicitárias a qualidade dos seus produtos escolares. Há campanhas que exibem normas oficiais e selo de segurança sobre a qualidade de alguns produtos, oferecendo de forma transparente a garantia do que é entregue aos alunos. Aquela onda de receber e vender indiscriminadamente material escolar como lápis, tintas e papeis vindos da china, sem as devidas garantias ficou para traz. Eis uma boa notícia.
.x.x.x.
Antoninho Rossini – Jornalista e Escritor