Como auto didata em Jornalismo, a 1a coisa que busquei foi o Código de Ética do Jornalista e seus princípios básicos, pelos quais teria a obrigação de nortear meus comentários, escritos e informações. Para tanto, lembro-me de alguns conceitos básicos expostos há muitos anos, e cuja linguagem antiga utilizada diz o seguinte: ” O Código Internacional de Ética Jornalística proclama que o dever supremo do jornalista é servir a causa do direito a uma informação verídica e autêntica através duma dedicação honesta à realidade objectiva e duma exposição responsável dos factos no seu devido contexto, destacando as suas relações essenciais.”
Quanto aos deveres de uma mídia correta e imparcial,cito importantes desafios de um profissional sério,isento e competente:
” ….a carreira de Jornalista se baseia na responsabilidade de noticiar fatos que sejam de interesse público. Para cumprir essa missão, ele precisa investigar todas as informações que recebe, abrindo espaço para que todas as pessoas envolvidas em uma determinada situação possam se manifestar, em igualdade de condições.”
Eu que convivi com grandes mestres do jornalismo isento, que confere oportunidades iguais, independentemente de ideologias, crenças, religiões, (o diretor da ORBIS NEWS – Jornalista Fausto Camunha – é o mais rápido exemplo que me vem à mente) – não me conformo com o lamentável “espetáculo” exposto através da grande mídia, hoje venal, parcial, mentirosa, vendida, salvo raras e honrosas exceções, que desinforma, escarra ideologia destrutiva, corrompe a juventude com a degradação ética e moral da Sociedade, polui a mente das crianças, esconde fatos, e utiliza sua audiência para omitir, manipular notícias.
Me vem à mente 2 frases: a 1a de meu grande mentor Samir Achoa: ” A liberdade de imprensa começa e termina no Departamento Comercial.”
A 2a vem do já imortal humorista Juca Chaves em sua frase: “A imprensa é tão séria que se você pagar eles até publicam a verdade”.
Essa extensa introdução tem a ver com a manifestação de Domingo na Avenida Paulista; mais de um milhão de pessoas, em pleno verão ensolarado, desde as 10 horas da manhã vestindo cores verde amarelas, tomaram a mais famosa Avenida de São Paulo, suas paralelas e transversais, chegando e saindo numa marcha pacífica, sem uso de cartazes ou faixas com palavras de ordem, expressando seu patriotismo e inconformismo com a cada vez mais forte pressão, para impedir a liberdade de expressão e opinião.
Por isso fui à Paulista, não pelo ex Presidente Bolsonaro – embora seja inconteste seu inigualável carisma e capacidade de aglutinar as massas – mas para que seja cumprida nossa Carta Magna, contra a distorção dos fatos e a perseguição aos jornalistas de Direita, impedidos de exercer sua profissão, ameaçando seu sustento e de suas famílias.
Durante o regime militar, um livro publicado por outro de meus mestres – o escritor Fernando Jorge, “Cale a boca Jornalista “, não teria imaginado o que hoje acontece com esta mídia, àquela época tão zelosa em investigar as perseguições e injustiças, hoje fazendo vistas grossas, se posiciona descaradamente de um lado só, não investiga, se limita a proteger quem lhe dá de comer!
Desprezar o gigantismo de uma manifestação dessa magnitude, limitando-se a minimizá-la no dia seguinte – pelo que sei, somente a Jovem Pan e a CNN fizeram a cobertura completa – é algo que desabona, diminui, reduz a zero a credibilidade de diversos órgãos de imprensa e seus venais jornalistas.
Termino esse artigo não sendo parcial e reconhecer que o atual Ministro da Economia HADDAD tinha razão, durante uma palestra que assisti há bons anos, afirmou: ” …quem hoje se informa pelos tradicionais jornais e revistas, certamente está MAL informado!”
Piorou muito daqueles anos para cá!
Muitos veículos de imprensa rasgaram sua biografia! Ou se suicidaram Ética e Moralmente!
Raul Jafet é jornalista.