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A IA à serviço do povo – por José Renato Nalini

A IA – Inteligência Artificial, chegou e não vai mais embora. Há quem diga que é mais fácil ela nos expelir do que nós a ela. Mas descontado o delírio de fanáticos, que se “apaixonam” por representações virtuais, o uso benéfico da IA pode ajudar a nossa vida diária.

O relacionamento do cidadão com a Administração Pública é sempre objeto de mais críticas do que elogios. A IA pode ser valiosa auxiliar na resolução de problemas comuns.

O Instituto de Tecnologia e Sociedade – ITS, comandado por Ronaldo Lemos, talvez a maior autoridade em IA do Brasil, elaborou uma biblioteca chamada “Prompts de Direitos”. Um arquivo de comandos de IA que qualquer pessoa pode utilizar para requisitar serviços públicos. Um pedido e alvará, por exemplo. O plantio de uma árvore. Uma pode de outra. Um buraco que apareceu no leito carroçável da rua. Qualquer problema que dependa da gestão pública municipal pode ser alvo de uma solicitação digital, imediata, sem necessidade de locomoção, nem de longas esperas no telefone, ouvindo musiquinha e o recado de que “o atendimento pode demorar, diante do acúmulo de ligações”.

Essa função de “despachante universal”, pode ser ampliada para todos os municípios. Por enquanto, está no Rio, onde é a sede do ITS. Mas outras cidades não esperam as coisas acontecerem. No Piauí, uma solução desenvolvida em IA permite fazer “boletins de ocorrência” via áudio de WhatsApp. Coisa simples, com impacto fundamental.

Os jovens algorítmicos da geração Z, que já nascem com chips, não podem criar outras possibilidades digitais para facilitar a vida das pessoas? Em tempos de tanta poluição, de tanto trânsito, poder resolver coisas sem sair de casa é realmente uma boa.

*José Renato Nalini é Secretário-Executivo de Mudanças Climáticas de São Paulo.

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