Em uma cidade do interior, um padeiro foi ao delegado e deu queixa do vendedor de queijos, que segundo ele, estava roubando, pois vendia 800 gramas e dizia estar vendendo 1 quilo
O policial pegou o queijo de 1 quilo e inseriu na balança usada para pesar drogas. Constatou que, realmente, a mercadoria embalada pesava 800 gramas.
O delegado então ficou furioso com a malandragem e mandou trazer imediatamente o vendedor de queijos sob a acusação de estar fraudando a balança.
O comerciante, ao ser notificado da acusação, mostrou-se surpreso e confessou que não tinha equipamento confiável para pesar o queijo que fabricava, por isso, todos os dias comprava dois pães de meio quilo cada, na padaria do reclamante.
Ele explicou que colocava os pães em um prato da balança e o queijo em outro. Quando o fiel da balança se equilibrava, ele então sabia que tinha um quilo de queijo.
O delegado ficou ressabiado, e para tirar a prova, mandou buscar dois pães na panificadora do acusador e pode constatar que dois pães de meio quilo equivaliam a um quilo de queijo.
Concluiu que quem estava fraudando a balança era o mesmo que estava acusando o vendedor de queijos.
Muita gente, de cabeça quente, procura o plantão policial de delegacias para apontar acusação contra desafeto, que geralmente é vizinho, parente ou alguém com quem mantém relacionamento afetivo ou comercial.
Geralmente, as imputações ofertadas são carregadas de raiva ou ódio, e assim surgem dados ou fatos inverídicos e até superestimados.
Se uma investigação for instaurada, a verdade dos fatos aparecerá, e é obvio, as mentiras não se sustentarão.
Portanto, a orientação é aguardar uma boa noite de sono antes de tomar decisões importantes, evitando, assim, no futuro, arrependimento por atitude tomada no calor das emoções.
É muito comum, no decorrer das investigações, se descobrir que a história narrada pela suposta vítima era mentirosa ou foi anabolizada para prejudicar o desafeto.