Ninguém me contou. Eu vi, na Globo e na CNN. Perdoem-me por não saber o nome das mocinhas, pois se esses dois canais precisassem da minha audiência já teriam mudado de ramo. Só digo que elas me passaram a mesma impressão causada por militantes esquerdistas de centros acadêmicos. O que importa é “a causa” e a correspondente “narrativa” para cada acontecimento.
Há cinco anos, um cadáver é manipulado pela esquerda, mudando de armário conforme as circunstâncias ocasionais da política. Bolsonaro tinha que estar envolvido na morte de Marielle ainda que ninguém saiba o motivo pelo qual ele estaria interessado a esse ponto na eliminação da vereadora. No entanto, todo o trabalho desses militantezinhos de centro acadêmico, seus sorrisos e insinuações foi conduzido para colocar seu cadáver no colo do ex-presidente.
A isso convinham as investigações lentas e os poucos avanços. Toda demora das investigações era tempo ganho para especulações e comentários maliciosos, sugestivos. Quando os assassinos foram identificados, abriu-se nova brecha. Como eram meros executores, pés de chinelo, tornou-se imperioso identificar mandante(s) para o crime. Com isso, a falsa malandragem das redações ganhou prorrogação de tempo para suas imposturas. Assim tem sido, ano após ano.
O jornalismo tradicional e respeitável foi substituído por isso que temos aí. De um lado, os militantes de centro acadêmico, acolhidos nas redações, não se importam com o descrédito de seu trabalho; de outro, as direções dessas empresas, porque se abastecem das agradecidas verbas oficiais, entraram na mesma “vibe” de seus meninos e meninas.
Agora, é a Polícia Federal que aponta os mandantes e ficou impossível não ver o desconforto causado pela identificação dos culpados. Coloque-se o leitor no lugar da moçada das redações. Qual a utilidade política dessa informação? Quem se importa com os irmãos Brazão? Vi a desolação estampada nos rostos frente à notícia que davam e comentavam.
Foi como se o cadáver da vereadora lhes caísse no colo. Fazer o quê com ele, agora?
As carpideiras de redação não mais pranteavam a morte de alguém, mas a facada desferida contra sua narrativa. Era impossível que Bolsonaro, sabidamente responsável por todos os pecados e malefícios ao sul do Equador, fosse inocente logo nesse caso. Era o que sugeriam com suas palavras e expressões fisionômicas.
Precisam desesperadamente alimentar a narrativa. Tornou-se indispensável arrumar um fio condutor qualquer que ligue os fatos a Bolsonaro, não importa quantos rolos de fio sejam necessários nem quão ridículo e emaranhado seja o caminho.