Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Aceitar
  • Home
    • Conheça o Orbisnews
  • Autores
  • Blog
  • Categorias
    • Administração
    • Brasil
    • Cultura
    • Clima
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Família
    • História
    • Jornalismo
    • Justiça
    • Meio Ambiente
    • Mobilidade
    • Mundo
    • Política
    • Saúde
    • Segurança
    • Tecnologia
    • Turismo
  • Contatos
    • Assessorias de imprensa
    • Saiba Como Divulgar Artigos no Orbisnews
Lendo Do grito à ação: feminicídio se previne com estrutura, não com indignação ou passeatas – por Bruna Gayoso
Compartilhar
0 R$ 0,00

Nenhum produto no carrinho.

Notificação
Redimensionador de fontesAa
Redimensionador de fontesAa
0 R$ 0,00
  • Home
  • Blog
  • Planos-de-assinaturas
  • Contatos
  • Home
    • Conheça o Orbisnews
  • Autores
  • Blog
  • Categorias
    • Administração
    • Brasil
    • Cultura
    • Clima
    • Economia
    • Educação
    • Esportes
    • Família
    • História
    • Jornalismo
    • Justiça
    • Meio Ambiente
    • Mobilidade
    • Mundo
    • Política
    • Saúde
    • Segurança
    • Tecnologia
    • Turismo
  • Contatos
    • Assessorias de imprensa
    • Saiba Como Divulgar Artigos no Orbisnews
Tem uma conta existente? Entrar
Siga-nos
  • Advertise
© 2024 ORBISNEWS | Todos os direitos reservados.
> Blog > Categorias > Família > Comportamentos > Opinião > Do grito à ação: feminicídio se previne com estrutura, não com indignação ou passeatas – por Bruna Gayoso
OpiniãoSocial

Do grito à ação: feminicídio se previne com estrutura, não com indignação ou passeatas – por Bruna Gayoso

Bruna Gayoso
Ultima atualização: julho 30, 2025 2:47 pm
Por Bruna Gayoso 6 leitura mínima
Compartilhar
Compartilhar

Passeatas e campanhas são importantes, mas não bastam. Enquanto não acolhermos mulheres com suporte integral e não tratarmos os agressores com seriedade continuaremos perdendo vidas.

Feminicídio não começa no crime: começa no silêncio, no controle e na omissão do Estado. Prevenir exige acolher profundamente quem sofre e tratar com urgência quem agride.

Por que as estratégias atuais falham

Apesar dos avanços legais, do aumento nas denúncias e da mobilização social em torno do combate à violência de gênero, os números de feminicídio não diminuem. Ao contrário: seguem crescendo. E isso revela um ponto incômodo, mas urgente de ser enfrentado as estratégias que temos usado não estão funcionando.

Passeatas, campanhas, hashtags, cartazes com dizeres fortes. Tudo isso é importante, necessário. Mas não é suficiente.

Muitas mulheres que marcham nas ruas contra a violência voltam para casa e enfrentam, em silêncio, o mesmo ciclo de abuso que as trouxe até ali.

Elas gritam para fora, mas se calam por dentro.

Se calam porque têm medo. Porque foram desacreditadas. Porque não sabem se serão protegidas. Porque não têm onde ir. Porque não têm estrutura psíquica ou material para romper o vínculo.

O silêncio dentro de casa, o medo de denunciar

É ingênuo e cruel esperar que uma mulher denuncie quando ela não tem segurança, rede de apoio ou espaço para reconstruir sua vida.

A maior parte das vítimas não se cala por fraqueza, mas por cansaço, dependência emocional e esgotamento subjetivo.

E é exatamente por isso que seguimos enxugando gelo: agimos tardiamente, quando o ciclo da violência já chegou ao limite.

O feminicídio não começa no ato fatal. Começa com o controle, a manipulação emocional, a humilhação cotidiana, o isolamento. Quando o Estado e a sociedade não intervêm nesse início, o fim é previsível.

Centros de Acolhimento: do abrigo à reconstrução

É urgente criar Centros de Acolhimento para mulheres em situação de violência.

Não apenas abrigos emergenciais, mas espaços de reconstrução psíquica, social e emocional.

Essas mulheres precisam de muito mais do que proteção física. Precisam de um lugar onde possam ser escutadas com responsabilidade, orientadas com técnica e cuidadas com profundidade.

O que esses centros devem oferecer:

Atendimento psicológico individual e em grupo

Apoio psiquiátrico, quando necessário

Orientação jurídica e social

Suporte financeiro e moradia temporária

Capacitação profissional

Construção de autonomia emocional e afetiva

Sair de um relacionamento abusivo não é uma decisão simples. É um processo interno lento, doloroso e, muitas vezes, confuso.

É por isso que os Centros de Acolhimento devem estar preparados para acompanhar a mulher em todas as fases do rompimento e reconstrução.

Intervir em quem agride: responsabilizar e tratar

Esse é o ponto mais evitado, mas talvez o mais urgente:

Também precisamos cuidar de quem agride.

Sim, o agressor precisa ser responsabilizado legalmente. Mas não basta prender e soltar.

Sem nenhum tipo de tratamento, muitos desses homens saem das prisões e repetem o mesmo padrão com outras mulheres.

Saem sem reeducação emocional, sem enfrentamento psíquico, sem qualquer intervenção clínica.

Enquanto não tratarmos os agressores, vamos continuar tendo casos extremos de feminicídio, agressões e abusos.

De nada adianta seguir fazendo passeatas, marchando por justiça, se esses homens continuam entrando e saindo do sistema penal sem nenhuma transformação.

Precisamos parar de ser hipócritas. Precisamos mudar a política de tratamento e parar de fingir que punir é o mesmo que prevenir.

Centros de Reeducação Emocional para agressores devem incluir:

Psicoterapia individual com foco em responsabilização

Grupos reflexivos sobre masculinidade, posse e afeto

Intervenção em padrões familiares de violência

Educação emocional e manejo da raiva

Acompanhamento interdisciplinar com articulação jurídica

Não se trata de “passar a mão na cabeça”. Trata-se de impedir que novos crimes aconteçam.

O feminicídio só vai parar quando o ciclo da violência for interrompido na origem e isso exige intervenção dos dois lados.

Prevenção sistêmica: saúde, justiça e assistência integradas

O enfrentamento da violência de gênero não é responsabilidade de uma única área.

Exige integração entre saúde mental, sistema de justiça, assistência social, segurança pública, educação e políticas habitacionais.

Exige profissionais preparados, equipes multidisciplinares, e acima de tudo uma mudança de mentalidade.

Não podemos mais atuar apenas no trauma. Temos que atuar na prevenção.

Na escuta, na contenção, na reconstrução.

Na estrutura que protege e transforma.

Do luto à política pública: o que fazer agora

Feminicídio não é tragédia.

É consequência de omissão, negligência e ausência de política pública consistente.

É hora de parar de reagir só após as mortes.

É hora de construir estruturas reais de cuidado e responsabilização.

Cidades, estados, instituições: implementem centros-espelho.

Um para acolher mulheres com profundidade.

Outro para tratar agressores com rigor.

Sem isso, vamos continuar marchando nas ruas e enterrando as mesmas histórias.

Você também pode gostar...

Simplesmente coincidência? – por Sorayah Câmara

Quiropraxia para todos: o desafio da democratização e o caminho para uma saúde mais equitativa – por Dr. Felipe Mukai

A decisão em acionar o gatilho – por Nelson Valente

Biografia lascada – por Marli Gonçalves

Criatividade e sua importância – por Sorayah Câmara

MARCADO:CrimeFeminicídioOpinião
Compartilhe este artigo
Facebook Twitter Whatsapp Whatsapp LinkedIn Telegram Email Print
Compartilhar
Por Bruna Gayoso
Formada em Terapia Holística e Terapia de Reprogramação Emocional, com 8 anos de experiência em atendimentos presenciais e online.
Artigo Anterior O profissional de segurança deve enxergar aquilo que os outros não vêem – por Jorge Lordello
Próximo Artigo Estratégias para Cultivar uma Vida de Alegrias Diversificadas – por Cristiane Sanchez
Deixe um comentário Deixe um comentário

Clique aqui para cancelar a resposta.

Acesse para Comentar.

Fique conectado!

FacebookLike
TwitterSeguir
InstagramSeguir
- Publicidade -
Ad image

Últimos artigos

Episodio 67 – José Miguel
PodCast
Reforma tributária – Da nulidade de cláusula imposta aos lojistas que estabelecem a majoração do aluguel caso aumente a carga tributária dos shopping centers – por Daniel Cerveira
Comércio Direito
A democracia como valor inegociável – por Floriano Pesaro
Justiça Política
O regime que nos oprime está ruindo — e irá desabar.  Não é uma questão de se, mas de quando – por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
Brasil EUA Política

Você pode gostar também

Autores de E a FHistóriaOpinião

Os bastardos de Éris – por Foch Simão

agosto 4, 2025
DireitoPsicologiaSocial

O que não se fala, adoece — inclusive nas empresas – por Viviane Gago

agosto 4, 2025
Autores de S a TComportamentosSocial

A ciência da mentira – por Sorayah Câmara

agosto 1, 2025
Autores de I a JComportamentosSocial

Alada: É possível impedir que o jovem exagere no consumo de álcool? – por Jorge Lordello

julho 31, 2025

Receba nossos artigos.

Fique por dentro das opiniões mais importantes que influenciam decisões e estratégias no Brasil.

Siga-nos
© 2025 ORBISNEWS | O maior portal de artigos do Brasil. Todos os direitos reservados.
  • Advertise
Bem vindo de volta!

Faça login em sua conta

Perdeu sua senha?