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O aniversário de Lula – por Fabiano Caldeira

Hoje Lula faz 80 anos. A festa é simbólica — com bolo de chocolate, parabéns e alguma tensão no ar. Afinal, toda família tem aquela ala que não se fala direito.

O primeiro pedaço vai pra Janja — primeira-dama por ofício e por influência real. Na foto do parabéns, ao lado, está Haddad, sendo fermentado para 2030. Um bolo no forno que não pode soltar antes da hora.

Mas Lula sentiu falta de um convidado: Gilberto Kassab. Não é afeto, é necessidade. Kassab é do tipo que não dança, mas se faltar, desanda o som. E 2026 tá chegando com playlist indefinida.

No cardápio oficial da festa, não podia faltar pão com mortadela — como manda a tradição de uma boa comemoração popular com sotaque de sindicato. Mas Lula, sempre atento à governabilidade e à digestão alheia, fez questão de incluir coxinha no buffet. “Pra agradar alguns companheiros do Centrão”, brincou, servindo ele mesmo uma porção ao lado da bandeja.

E eis que, entre um brinde e outro, uma presença inesperada surge: Donald Trump, sim, ele mesmo, apareceu de surpresa na festa. Chegou dizendo que já tinha provado a coxinha, mas queria experimentar o tal do pão com mortadela. “Parece interessante”, murmurou, com aquele ar de reality show que nunca o abandona. Lula riu, ofereceu o lanche e disse: “Aqui, companheiro, prove sem nenhum tarifaço.”

No fim das contas, Lula sopra as velas com aquele sorriso cansado de quem já viveu muita briga de bufê — mas com a esperança de quem ainda acredita que é possível montar uma boa mesa para o Brasil.

Porque em política, como na cozinha, o que importa mesmo é quem está na mesa — e o que está no cardápio.

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