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O novo paradoxo da globalização – por Floriano Pesaro

Vivemos uma era em que o antigo dilema entre soberania nacional e integração global se reinventa. A recente tensão comercial entre o Brasil e os Estados Unidos, após as tarifas impostas pelo governo Trump sobre produtos brasileiros, expôs um novo paradoxo: quanto mais os países buscam autonomia, mais dependem da cooperação internacional para garanti-la.

O Brasil conhece bem esse desafio. Desde a redemocratização, tem buscado equilibrar desenvolvimento interno com protagonismo externo, oscilando entre abertura e retração conforme as marés políticas e econômicas globais. Agora, diante do enfraquecimento das instituições multilaterais e do avanço de políticas protecionistas, o país descobre que sua força vem, justamente, da integração.

Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o trabalho firme do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, o Brasil tem retomado o caminho da diplomacia ativa e do comércio inteligente. A estratégia é clara: diversificar mercados, reforçar alianças e ampliar a presença do país nas cadeias globais de valor.

O papel de Alckmin nesse contexto é singular. Com sua reconhecida paciência negociadora e profundo senso de equilíbrio, tem conduzido diálogos complexos com serenidade e precisão técnica. Nas conversas com autoridades americanas, diante das tarifas impostas ao aço e ao etanol brasileiros, demonstrou que firmeza e diplomacia não são opostos, mas complementares. Da mesma forma, nas tratativas com a União Europeia sobre o acordo Mercosul-UE, foi decisivo ao reafirmar os compromissos brasileiros com sustentabilidade, inovação e competitividade industrial.

O vice-presidente é, hoje, um dos principais articuladores de uma nova política industrial que une transição verde, comércio exterior e desenvolvimento tecnológico. Seu estilo conciliador, pragmático e paciente tem permitido ao Brasil avançar em um ambiente internacional desafiador, transformando tensões em oportunidades de cooperação.

Nesse cenário, a ApexBrasil desempenha papel essencial. Sob a liderança visionária do presidente Jorge Viana, a Agência vem consolidando o Brasil como protagonista de uma nova etapa da globalização, mais justa, sustentável e inovadora. Com estratégia, inteligência e resultados concretos, a Apex tem sido o braço de execução dessa diplomacia econômica moderna, promovendo exportações, atraindo investimentos e fortalecendo a imagem do país no exterior.

Os números comprovam essa trajetória. Em outubro de 2025, o Brasil registrou superávit de *US$ 6,964 bilhões na balança comercial, uma alta de **70,2% em relação ao mesmo mês de 2024. As exportações somaram **US$ 31,975 bilhões, com aumento de **9,1%, impulsionado por *crescimento de 10,3% no volume embarcado, reflexo direto da diversificação de mercados, da inovação produtiva e da presença mais ativa do país nas cadeias globais.

Programas como o *Exporta Mais Brasil, a expansão do **PEIEX, os *convênios setoriais e os projetos de internacionalização de pequenas e médias empresas refletem a visão de que o comércio exterior é instrumento de desenvolvimento e de soberania.

O economista Dani Rodrik descreveu o dilema entre autonomia e integração como o “trilema político da globalização”: não é possível ter globalização plena, democracia e soberania nacional absoluta ao mesmo tempo. É preciso equilíbrio, e o Brasil, com visão e propósito, tem mostrado que isso é possível.

A resposta brasileira às pressões externas foi institucional, dialogada e estratégica. Em vez de se isolar, o país fortaleceu parcerias, apostou no multilateralismo e reafirmou sua confiança na integração como caminho para o desenvolvimento sustentável.

O novo ciclo da globalização exige paciência, inteligência e liderança. E o Brasil, com o protagonismo do presidente Lula, a habilidade negociadora do vice-presidente Alckmin e a visão estratégica do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, demonstra que é possível transformar diplomacia e comércio em instrumentos de soberania e progresso.

No mundo atual, autonomia não se constrói com muros, mas com pontes. Ao apostar na integração como forma de proteção e crescimento, o Brasil oferece ao mundo uma lição de maturidade: a verdadeira soberania nasce do diálogo, da cooperação e da visão compartilhada de futuro.

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