É possível uma empresa prosperar em um ambiente de trabalho onde os colaboradores são desrespeitosos uns com os outros e chegam até a entrar em confronto físico?
Imagine se num colégio ou universidade os alunos trocassem agressões verbais e físicas na hora de defender seus pontos de vista. Como ficaria o ambiente para o professor lecionar?
E os vizinhos que se tornam desafetos… Será que provocações, injúrias e calúnias vão levar a algum resultado agregador que possa trazer paz? Tenho certeza que a maioria dos leitores vai concordar que embates fervorosos e provocativos somente pioram a situação; tanto é verdade, que, diariamente, vemos manchetes estampadas nos noticiários jornalísticos onde pequenos desentendimentos desaguam em crimes bárbaros com o resultado morte.
Mas o cúmulo do absurdo acontece quando políticos eleitos para ajudarem o Brasil a ser um país melhor, usam o mandato para promover, em plenário, cenas grotescas, onde imperam palavrões, “brincadeiras” jocosas, xingamentos, falas discriminatórias e o ápice, que são as agressões físicas, a popular vias de fato.
Explicado o que, no mínimo, é um escândalo, que deveria levar a consequências drásticas, surge uma pergunta que não quer calar: o dinheiro público deve ser usado dessa forma? Em uma empresa, se o funcionário não agir com educação e desvelo que o cargo merece, é demitido por justa causa, portanto, sem direitos. E isso é absolutamente normal, legal e correto, pois ninguém contrata colaborador para tratar mal clientes ou colegas de profissão. Mas políticos, no Brasil, não são “demitidos” se agirem da mesma forma; têm imunidade parlamentar, o que lhes permite praticar, durante o expedi ente de trabalho e fora dele também, atos impensáveis na economia privada e em empresas públicas, além do que, caberia enquadramento em nosso código penal.
A verdade é que muitos de nossos parlamentares promovem bate boca e até pancadaria de forma proposital, com a finalidade de alcançar milhões de views através da lacração e assim garantir votos em futuras eleições.
Um passarinho me contou, que algumas “brigas” são combinadas entre políticos de lados opostos, assim ganham respeito e votos de seus eleitores, se colocando como protagonistas de disputa arranjada em prol de direitos e benefícios para o povo. Tão escrachada é o embate, que deveriam usar armaduras e longas lanças medievais.