Continuo achando que a candidatura de José Luiz Datena é fruto de uma conspiração dos novos dirigentes do PSDB, tanto em São Paulo quanto em Brasília, contra a militância partidária e que o nome escolhido vai sofrer uma derrota acachapante, porque não tem mesmo nada a ver com os princípios partidários, como não tem também competência e nem vocação para o exercício do cargo que disputa.
O conhecimento que tem junto ao público como homem de televisão não lhe dá prestígio para alcançar cargos públicos através de eleições, além de se tratar, também, de um cabotino incorrigível, que se acha o máximo e que tem comportamentos autoritários, levantando a voz com frequência e arregalando os olhos como um desvairado cada vez que vez que alguém ousa discordar das suas opiniões.
Sua escolha, a meu ver, deu-se por figuras do partido interessadas em repelir o controle da legenda por pessoas e grupos que representariam uma renovação e porque essa mesma turma está mesmo pensando nas eleições de 2026, para as quais já tem candidatos que pretendem impor, novamente, à legenda, na expectativa de que, ganhando, vai lhes assegurar cargos e participação no governo que se formar.
É uma lástima que estejam aprofundando cada vez mais o abismo em que está mergulhado o PSDB, conduzido por pessoas que representam o velho, o arcaico, o superado, mas que resistem a entender os novos tempos e cuja miopia os faz encontrar um candidato só compromissado com eles e que não entende patavina do ofício para o qual foi chamado a concorrer.