Não é novidade ler que o mundo avança a passos largos e que a tecnologia é pioneira na aceleração dessas mudanças. Também não é estranho perceber que a tecnologia está presente em quase todos os setores e atividades atualmente.
Nos últimos 29 anos, desde a primeira conexão comercial brasileira à internet, nenhuma tecnologia evoluiu tão constantemente como a Inteligência Artificial (IA). Esta inovação, com as suas subespecialidades como sistemas especialistas, redes neurais artificiais, robótica, agentes inteligentes, Deep Learning e IA generativa emergiu como uma força motriz na execução de tarefas específicas no contexto corporativo.
Mas vamos começar pelo princípio: o que é inteligência artificial? A IA é definida como um conjunto de algoritmos e tecnologias projetadas para criar máquinas capazes de imitar funções cognitivas como: ver, compreender, analisar, criar, traduzir, todas com capacidade de processar grandes quantidades de dados a uma velocidade surpreendente. O seu poder reside em automatizar tarefas que antes eram realizadas manualmente, gerando valor tanto para os indivíduos como para as empresas envolvidas nesse processo.
Em tempo, antes de selecionar uma IA, é fundamental compreender o que se pretende automatizar, a potência computacional necessária e a resolução desejada do projeto, considerando as diversas subespecialidades disponíveis para se adaptar às necessidades empresais.
De acordo com uma pesquisa da Harvard Business Review, empresas em todo o mundo usam IA principalmente para atividades relacionadas à tecnologia da informação, como detecção de problemas de segurança cibernética, resolução de problemas tecnológicos com usuários e redução de cargas de trabalho e gerenciamento de produção, além de medir a conformidade no uso de fornecedores.
Ainda que, nesse momento, estejamos apenas vendo os primeiros sinais do potencial da inteligência artificial, já foram observados avanços em aplicações práticas em diversos setores, como agricultura, finanças, educação, logística, saúde e transporte. Segundo um levantamento da consultoria Gartner, espera-se que, até 2025, o mercado de IA atinja US$ 127 bilhões.
Tendo em conta este número, não é surpreendente que esta tecnologia esteja cada vez mais personalizada. Atualmente, uma das IAs que está dando muito o que falar é a Generativa (IAG) que se destaca por gerar novos dados em forma de textos, imagens, músicas, vídeos, áudios e códigos. Graças aos modelos de Deep Learning, a IAG coleta dados criados por pessoas com características semelhantes, permitindo a automatização de tarefas tediosas, aprimorando processos e dando maior eficiência e adaptação de modelos tecnológicos fundamentais, customizando-os às necessidades específicas dos projetos ou clientes.
A IA open source é um dos principais desenvolvimentos na indústria de tecnologia atualmente, possibilitando que as empresas coinventem software e o adaptem às suas necessidades.
Desenvolver um novo modelo fundamental costuma ser um projeto grande que envolve muito tempo, esforços e dinheiro, por isso a recomendação que fazemos na Red Hat é aproveitar modelos já treinados e customizá-los por meio do refino, ajustes de indicações ou a incorporação de dados específicos, economizando tempo e recursos.
Sem dúvida, a IA generativa está inaugurando uma nova onda de experiências que irão transformar a maneira como interagimos com informações e marcas. Esta tecnologia permitirá a execução de ações e projetos que antes eram considerados inimagináveis devido à sua complexidade, marcando assim o início de uma era onde a inteligência artificial impulsiona a inovação e redefine os limites do que é possível no mundo dos negócios.
*Victoria Martínez é gerente de negócios e data science da Red Hat para a América Latina