Houve sim uma tentativa do Bolsonaro de dar um golpe para impedir a posse do Lula.
Tentou de todas as formas, tentando desmoralizar as urnas, desqualificar as eleições, promover um estado de caos com violência de seus seguidores às instituições da república, e editar atos e decretos de exceção.
O golpe só não se concretizou porque dois dos três chefes militares recusaram-se a mobilizar suas tropas.
Como o golpe flopou, Bolsonaro ficou, junto com sua trupe, um alvo das quatro linhas da Constituição.
Merece ser julgado, condenado e preso por sua aventura de aprendiz de ditador. Bolsonaro e seguidores são a cara da barbárie.
Lula tomou posse, como devia ser, e vai fazendo um governo sofrível. Ainda não desceu do palanque, governa no gogó. Tem um Congresso hostil à sua gestão e mais da metade do povo o desaprova.
Faz gestos de ajuda aos mais pobres com distribuição de benefícios sociais, o que lhe dá uma base de apoio, principalmente no Nordeste.
Seu erro grave é se alinhar com ditadores e autocratas pelo mundo afora, como Maduro, o Aiatolá, Kim, Putin, Ortega, Xi, e que tais. Prefere andar com essa gente do com as democracias liberais da Europa.
Lula e Bolsonaro alimentam a polarização tóxica e nefasta que infecta a política brasileira. Um precisa do outro para sobreviver em seus populismos de “esquerda” e “direita” (entre aspas mesmo).
Do ponto de vista da moralidade pública, os dois devem muito na praça.
O mensalão, o petrolão, o emendão, o rachadão, as jóias, os imóveis, o INSS, e outras pérolas da corrupção permeiam a política brasileira.
Agora temos o fator Trump. Esse é um bilionário aloprado que não rasga dinheiro, com um histórico cavernoso no campo ético e moral.
No governo americano, Trump vai ameaçando o mundo, e agride as liberdades democráticas nos EUA.
A última atitude dele contra o Brasil, pautado pelo clã Bolsonaro, serviu para dar discurso ao Lula e melhorar sua posição nas pesquisas.
Nós brasileiros, em sua maioria, queremos sair dessa situação de polarização pernóstica, desse populismo medíocre, desse alinhamento com a autocracia internacional,
Buscar a construção do centro político democrático e ético é o grande desafio que se coloca para as forças do bom senso no país.
Não há tempo a perder!