Hoje estarei embarcando, junto com Delegação de São Paulo para a COP – 28.
Vamos fazer parte das delegações de centenas de cidades, conhecidas como Poder local, que levará ao evento as propostas, as experiências e as preocupações das populações urbanas do Planeta.
As mudanças climáticas avançam numa velocidade e gravidade muito acima das previsões.
Apesar de todas as iniciativas de governos, de empresas e da população, as emissões de gases de efeito estufa bateram recorde no ano passado.
Parece que a humanidade sabe da ameaça climática à própria sobrevivência, mas não decide tomar as sérias medidas, individuais e coletivas, necessárias para brecar o aquecimento global.
Há um mês, pela primeira vez a temperatura média do planeta ultrapassou os 2ºC do esperado.
Vivemos, pelo mundo inteiro, e no Brasil, a repetição cruel dos fenômenos climáticos extremos.
A situação caminha para o irreversível.
A COP – 28, em Dubai, paradoxalmente um reino do Petróleo, vai ter uma parte importante.
O balanço das metas de Paris, e a cobrança daquilo que não foi cumprido. E a difícil parte de tirar do papel o financiamento da descarbonização, mundo afora.
O ambiente é de “ou vai ou racha”.
De nossa parte vamos levar o exemplo da cidade de São Paulo.
- O andamento do PlanClima, com suas 43 ações e 54 metas;
- A chegada da frota elétrica de ônibus;
- A compra de energias renováveis no Mercado livre. Eólico e fotovoltaico, 30% mais baratas para a Prefeitura/SP;
- O uso obrigatório do etanol na frota própria e terceirizada da Prefeitura/SP;
- O aumento de nossas 2.400 hortas urbanas;
- A criação de parques urbanos – de parques materiais que protegem nossas matas remanescentes.
- As compras municipais sustentáveis;
- Os diálogos climáticos;
- As obras de contenção das áreas de risco, hidrológicos e geológicos, para adaptação da cidade;
- Os jardins de chuva que são 300 e chegarão à 400;
- A criação e implantação do movimento “São Paulo pelo Clima”, para mobilização, organização e ação de todos os setores da cidade em torno de ações climáticas preventivas e práticas;
E muitas outras iniciativas que estão sendo tomadas dentro e fora do Governo Municipal, que dizem respeito a tornar São Paulo uma cidade mais resiliente.
Vamos participar de uma agenda intensa na COP – 28. São Paulo vai jogar seu peso como 5ª maior cidade do mundo.
Esperamos voltar com resultados concretos, para nós e para todos.
Gilberto Natalini
Médico – Ambientalista
Secretário Executivo de Mudanças Climáticas – São Paulo.