Há quantos anos não acordamos ouvindo que a Polícia Federal prendeu ou está correndo atrás de criminosos de todas as espécies e categorias? Acho que desde quando escreviam farmácia com “ph”.
Criminosos de colarinho branco, que mexem com dinheiro, fortunas. Criminosos que trabalham com pó branco, donos de jatinhos e helicópteros. Carrões, mansões…
Hoje foi a vez de prender o dono do Banco Master, na mansão do Jardim Europa – o mais rico e chique de São Paulo – e ir atrás do BRB. Dois bancos enrolados em milhões, bombas atômicas das finanças, tentando ser vendidos.
Comentaristas de rádios, televisões, sites, jornais – cumprindo seu sagrado dever – batem nas mesmas e velhas teclas: “é preciso punir severamente, prender, correr atrás do dinheiro”. Desta vez acrescentaram uma: “não pode ser como no caso do INSS, com o governo pegando dinheiro do povo para cobrir o roubo”.
Falando em INSS, li em algum lugar que a mulher do ex-procurador, presa, teria reservado um apartamento em prédio imponente em Camboriú no valor de 28 milhões. Salário de procurador? 28 mil/mês. Verdade ou mentira?
Quanto tempo o dono do banco sem fundos ficará preso? Quanto tempo o STF vai demorar para acolher um pedido de HC? Duvida que passará o Natal na mansão, ou na Suíça, perto dos milhões?
Chateado? Pê da vida, porque sabe que tudo vai acabar em pizza, como sempre, em processos milionários? Não fique, não estrague seu fígado, lembre que o ex-governador Cabral, réu confesso, condenado a mais de 400 anos, que passeia pela orla de Copacabana.
