Nos raros momento em que estive com todos os filhos e netos, dispersos neste mundo tão pequeno embora do mesmo tamanho de sempre, tivemos ótimos bate papos e algumas discussões as vezes acaloradas – um costume que nos assola desde sempre – e continuei aprendendo.
Mas algo me chamou a atenção. Uma palavra, um velho conceito que tratava de relacionamento econômico e cultural entre as nações e povos de outros tempos, agora com detalhes atualizados, surgiu na conversa e era da lavra de certas esquerdas muito ativas no Brasil e no mundo, e a palavra era colonialismo.
Me espantei. A esquerda já havia enfrentado e saiu-se vencedor dessa era colonial, confrontou a era do capitalismo em plena revolução industrial, sustentou a luta contra o capitalismo financeiro, do imperialismo inclusive nos tempos da Guerra fria e agora na era do mundo digital pós capitalista , desemboca no passado, retrocedendo ao velho e superado colonialismo. É isso mesmo ?
As relações de Israel com os palestinos e árabes é de um pais colonialista, ponta de lança dos USA e das democracias do Ocidente, todas desde sempre colonialistas.
Dai a luta contra o Ocidente que a partir da invasão russa da Ucrânia, da dura e pesada guerra de Israel em Gaza como resposta ao atentado terrorista do Hamas vem justificando intensas mobilizações em defesa de “oprimidos pelo colonialismo ” e que tem como arcabouço político uma canhestra e superada união terceiro mundista, que um tal Sul Global deve liderar contra o bloco de democracias ocidentais subordinadas a OTAN recentemente imperialistas e hoje, numa volta ao passado, colonialistas .
Não sei onde isto vai dar, mas me causa preocupação