Não atire pérolas aos porcos, pois é perder tempo repassando as mais sábias ilustrações teóricas e com fundamentos de utilidade plena àqueles que não querem ouvir ou, se ouvirem, não dão a devida importância.
Existem pessoas que não têm princípios, ética, amor ao conhecimento, à sabedoria e respeito ao ser humano.
Na verdade, muitos tratam com desprezo e deboche o conhecimento.
Não devemos desperdiçar tempo com essas pessoas, pois a vida é uma pérola rara.
O “porco”, simbolicamente falando, faz falcatruas, mente, tem “rabo preso” e cultua a hipocrisia porque tem uma consciência pequena e não percebe, na realidade, a lama em que vive.
Por incrível que pareça, alguns desses vão à missa, falam em Deus e sobre um mundo melhor.
É melhor não desperdiçar o que temos de mais precioso com quem não merece!
Se percebermos que estamos dando pérolas aos porcos, não devemos esmorecer. Afinal, a pérola é algo valioso e representa o que temos de mais precioso em nós mesmos, isto é, a própria essência.
Num dos encontros de Jesus com os fariseus, Jesus declara aos seus discípulos: “Deixai-os; são cegos e guias de cegos. Ora, se um cego conduz a outro, tombarão ambos na mesma vala.” Mateus 15:14
Enfim, os porcos não sabem o que fazer com as pérolas porque não sabem o valor dessas.
Por isso, quem preza pelo conhecimento, pelo respeito ao outro, reconhece a pequenez da hipocrisia, deve se afastar daqueles que não valorizam esses aspectos, pois as pessoas de boa vontade incomodam muito esses porcos.
Há um provérbio latino que diz o seguinte: “Para um asno, o feno é mais bem-vindo que o ouro.”
Nem todos dão valor à compreensão da sabedoria para aplicação na própria vida.
Existem pessoas capazes de tudo para “driblar” o caminho da retidão e do conhecimento. Mas até que ponto nós nos deixamos ludibriar por esses facínoras?
Cada vez que perdemos tempo com questões frívolas, nós nos tornamos enfraquecidos. Por isso, devemos ter cuidado com o porco que nos cerca.
O Mito da Caverna é uma alegoria retirada de “A República”, de Platão, que fala sobre o conhecimento verdadeiro e o governo político.
Os acorrentados na caverna não viam nada além das sombras dos objetos, reconheciam apenas a realidade que eles pensavam ser verdadeira, ou seja, as próprias sombras.
Muitas pessoas preferem viver nos limites da caverna!
“Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem.”
Mateus 7:6