Lula iniciou seu governo acreditando que o país estivesse organizado para o seu estilo de governo. Contasse com 38 ministros especialistas. Maioria no congresso. Acreditando que os partidos comeriam na sua mão. Nossos problemas estruturais estavam solucionados nas áreas do: saneamento básico, saúde, educação, previdência. Não existisse desordem tributária, desequilíbrio fiscal, carências nos sistemas de transportes rodoviários, ferroviários, fluviais, cabotagem e portos. Ordem fiscal estabelecida e um ambiente sem oposição. Afinal, ganhara a eleição pela “expressiva” margem de 1,76% ou 2,1 milhões de votos.
Qualquer mandatário que tivesse a mínima noção dos problemas a serem enfrentados, não faria o que Lula fez. Andar pelo mundo sem o que mostrar. Lula passeou e gostaria de sair com um prêmio Nobel da Paz por apaziguar o conflito russo na Ucrânia, na mesa de um bar. Sem noção do jogo internacional. Ingênuo, tolo ou pretencioso?
Seu governo iniciou com uma manifestação da oposição jamais vista em qualquer governo republicano. Uma manifestação, singular. Sem liderança, desorganizada e baderneira. Sem previsibilidade dos órgãos de “inteligência” e repressão. Negligentes e desarticulados. Um desordem republicana. Por outro lado, cabe também uma outra leitura. Cientes da debilidade da organização, deixaram rolar para depois acusar os manifestantes de golpistas. Que golpe? Sem liderança, armas, tanques, adesão política, militar, formadores de opinião. Pobre massa de manobra improvisadamente encarcerados, sem audiência de custódia. Trinta julgados com penas de até 17 anos de prisão, acusados de terroristas (sem bombas ou fogos de artifício). Pior início de governo da era republicana. O presidente não se deu conta que ganhou com menos de 1% de diferença no final de outubro de 2022 era um governo de pés de barro.
Saiu pelo mundo propalando opiniões equivocadas sobre a invasão russa na Ucrânia, com a esperança de equacionar o conflito e receber o Nobel da Paz. A agenda foi pulverizada quando reprendeu as ações do Estado de Israel em Gaza e o acusando de genocídio no Tribunal Internacional de Haia. Uma agenda de dignatário sem resultados no seu país. Ingênuo, tolo ou prepotente?
Aqui, não operou a reforma tributária, não construiu maioria no congresso, perdeu uma dezena de projetos e medidas provisórias, Foi vetado por diversas vezes, o país sofre dos mesmo males que sofria, agora agravados pela turbulência internacional.
O fracasso só não foi maior, porque o Banco Central independente colocou ordem na moeda, recuando a inflação, contou com os esforços da iniciativa privada e seus negócios com destaque para o agro, que garantiu divisas, superávits e renda.
O Congresso tomou seu espaço. Foi protagonista da atual ordem democrática e econômica. Construiu um substituto do teto de gastos, reformulando a proposta inicial do seu ministro da Fazenda. Agora, o Congresso está sendo desafiado pelo STF por uma possível e inconveniente aliança tácita (não declarada e informal) com o titular do poder executivo.
O presidente pode se redimir em 2024 do fracasso de 2023. Melhorando sua agenda pautada por ameaças, conflitos, perseguições, desunião e desfocada das nossas prioridades Talvez, seja pedir muito em ano eleitoral, onde a polarização interessa aos provocadores de cizânias (desarmonias) Orientar para o melhor, não custa, vale.