Há algum tempo, Lula se manifestou sobre o roubo de celulares. Ele disse que se deveria relevar que “um menino roubasse um celular”.
Pois bem!
Hoje, é roubado um celular a cada 2 minutos em São Paulo. De forma sorrateira ou a mão armada.
Nós sabemos que grande parte das pessoas guardam suas vidas nos celulares. Quando são roubados não é só o valor do aparelho que é perdido, mas arquivos de toda uma vida. É como se levassem uma biblioteca de documentos e lembranças, ou todo o acervo do seu escritório.
E, é claro, seus dados bancários, seus investimentos, seus negócios e muito mais.
O roubo de celulares nas ruas do Brasil tornou-se a mania da bandidagem. Uma epidemia de furtos e roubos.
Mas o que Lula não falou, porque fala demais o que não deve, é que por trás do “menino” que rouba celulares, se organiza uma imensa quadrilha de bandidos, muito organizada e ativa, que recebe os celulares roubados, os manipula, extrai os dados para golpes e desfalques e destina o aparelho para um mercado negro poderoso.
A frase de Lula demonstra o quanto os governantes brasileiros são desinformados, alienados, displicentes e coniventes com o avanço da criminalidade que inferniza a vida do nosso povo.
Não se trata aqui de condenar à pena de morte o “menino que rouba celulares”, mas sim de expor, denunciar, combater a rede de ladrões envolvidos nesse crime usual no Brasil.
Nosso país enfrenta uma pandemia de golpes, falcatruas, corrupção, roubalheira, quadrilhagens, facilitações e ilícitos, físicos e virtuais que transformam o país num campeão mundial dessa competição.
O roubo do celular e a fala do Lula são uma faceta desse campeonato macabro.
Gilberto Natalini
Médico e Ambientalista