Fiquem atentos!
Nos dias 13, 14, 15 e 16/05, no mínimo, boa parte do Brasil vai parar!
Mas, atenção, de novo!
Basta ligar nas ondas dos veículos de comunicação de Nova York que você saberá de tudo sobre o nosso país tupiniquim!
É que, neste período, minimamente (reforço), inúmeras autoridades públicas brasileiras irão se deslocar para a conhecida metrópole americana a fim de desfrutarem dos abraços, tapinhas nas costas, sutilezas, palavras de elogios e aplausos de uma platéia de empresários brasileiros e de poucos convidados externos que se prestam a participar de um engodo destes: o INVESTMENT FORUM!
Será que vale aí o “relation ship”, o “network”, a troca de cartões e de QRCodes?
O evento está lotado, como diz o organizador do Forum, especialista nestes arranjos internacionais.
Pois é: a empresa dos CEO’s convidados paga as passagens, os patrocinadores pagam todas as despesas e o lucro interminável do organizador e os brasileiros, coitadinhos, pagam a conta!
Estarão neste evento em Nova York nada menos que: o Presidente do Senado e do Congresso Nacional, o Presidente da Câmara dos Deputados, 10 (dez) Senadores da República, 10 (dez) Deputados Federais, 10 (dez) Governadores de Estado, 1 (um) Presidente de Banco Regional estadual.
Isto quer dizer que, neste período, nada acontecerá no Congresso Nacional (afinal, também, não temos nada de importante para ser votado!), em muitas Comissões do Senado e da Câmara (seus representantes estarão ausentes) e em nove Estados (que vivem situação de turbulências políticas e administrativas), mas que, com a ausência do seu prócer maior, o Vice-Governador só vai “jogar de lado” esperando a volta do ator principal.
Vamos, então, refletir sobre isto!
O que leva, realmente, esse povo para o exterior? Será que é o fascínio incontestável de viajar? Ou será a certeza que vão realmente lá “dar um show” nas suas apresentações e sim, trazer benefícios diretos do seu trabalho à população brasileira?
Em tempos de uso intenso de tecnologia, por que não organizar uma reunião híbrida (virtual e presencial)?
Ou então, organizar o Fórum no Brasil e chamar os investidores para cá!. Mais sensato, pois estes conheceriam melhor nossa realidade e as evidencias concretas das oportunidades de investimento e negócios.
Mais ainda, se quisermos esmiuçar melhor a pauta é evidente que o Ministério Público Federal tem que agir, pois há que se cobrar de todas as autoridades públicas a devida prestação de contas!
Então, vejamos:
Quem paga a conta das passagens, locomoção, alimentação e hospedagens?
Se for do bolso dos patrocinadores, isto pode ser considerado uma grande preocupação para eventual conflito de interesses público-privados envolvidos (o Sistema de Compliance/Integridade defini isto). Se for da diária de viagem da autoridade, isto quer dizer que nós contribuintes estamos envolvidos neste “convescote” disfarçado, pois isto é dinheiro do nosso bolso!
Quem vai checar se sairá das contas pessoais (o que seria o mais correto e ético) das autoridades?
Tudo fica no ar, porque ninguém cobra nada! Nem vergonha na cara!
Muitos ainda dirão (especialmente o organizador) que é o momento de mostrar para os investidores internacionais o potencial que o “Brazil” tem de acolher novos investimentos e negócios e sensibilizá-los quanto ao alinhamento dos poderes legislativo e executivo (o judiciário e o STF, se safaram desta…) e… blá, blá, blá..
Tá bom! Se é tudo isto, onde está o Relatório Público que reporta os resultados do encontro, as oportunidades alcançadas e o acompanhamento de tudo que foi decidido fazer a curto e médio prazos?
Simplesmente, não existe!
O que existe é a autoestima pessoal, exposta ao máximo em fotos de suas “carinhas” nas páginas dos jornais e revistas e a aplicação das marcas das empresas que poderiam fazer tudo isto, e com muito mais profundidade e resultados, aqui no Brasil mesmo!
Mas, prá quê se sujeitar a esse trabalho? Aqui, todo mundo iria saber que tudo é fumaça e mais uma pataquada nacional.
Portugal, França, Suíça e Alemanha são alguns dos destinos internacionais das 22 viagens que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fizeram entre junho de 2023 e maio de 2024. Argentina, Cabo Verde e Emirados Árabes também aparecem na lista, mas a Europa é o destino mais recorrente dos magistrados. Dá para explicar a quantidade de viagens. Em média duas viagens por mês.