Os papais-noéis estão preparando seus sacos de presentes para fazer a alegria da garotada no próximo dia 25. Infelizmente não abrange toda a petizada por problemas econômicos e sociais que tão bem conhecemos. Mas, no caso dos felizardos é bem provável que um dos pedidos mais solicitados por meninos e meninas seja o skate. Essa modalidade de esporte tempos atras não era levado tão a sério como hoje. Só despontou fortemente no Brasil pelos idos dos anos de 1970 e já comporta até adultos famosos. Sem sombra de dúvida essa demanda aumentará em função do show provocado pelos skatistas que disputaram a etapa do SLS (Street League Skateboarding) no Brasil, no Ginásio do Ibirapuera no início deste mês. O Ginásio ficou lotado e a televisão usou com grande destaque as competições entre os melhores. É um esporte emocionante praticado em pistas especialmente construídas para essa finalidade, muitas delas patrocinadas em espaços privados, em clubes e mais ainda nos públicos pelos governos municipal e estadual. O símbolo máximo e fonte de inspiração dessa garotada é Rayssa Leal, conhecida no Brasil e no exterior pelas manobras desafiadoras com a prancha de rodinhas. Estão certos os meninos e meninas pedirem de presente ao Papai-Noel esse brinquedo esportivo – virou febre nacional. Aliás, essa prática já faz parte dos esportes qualificados pelas olimpíadas. O esporte é radical e emocionante. A sensação aos olhos dos observadores comuns parece que o que vale é o improviso. Já para seus praticantes, tudo é calculado. As manobras têm nomes, diga-se, todos americanos, de onde foi originado o skate, e conta com notas de avaliação diferentes. É bonito observar as arrancadas e piruetas de atletas, sem contar descidas e subidas em rampas, que desafiam a lei da gravidade – dá até arrepios. No entanto, algo precisa ser levado em consideração em relação ao skate. Ele pode ser perigoso. Embora as regras sejam lenientes e bem provavelmente devido a isso, se observa skatistas praticando o esporte sem as devidas proteções. São necessários, capacetes, cotoveleiras, joelheiras e até roupas mais apropriadas para rolar e fazer malabarismos. Na maioria das vezes esse cuidado com a segurança não é observado. Nota-se isso nas apresentações pela TV, tanto em pistas públicas como as de clubes. Os acessórios existem, mas parecem que não ignorados; quando muito, usam-se capacetes e cotoveleiras, mas isso não é tudo. Os papais-noéis, deveriam se preocupar e dar o kit-skatista completo para seus filhos e filhas, incluindo os acessórios. Seria uma medida de cautela para não chorar depois. A bem da verdade, trata-se de uma atitude simples a ser tomada. As lojas que fornecessem os skates são as mesmas que disponibilizam os acessórios de segurança. Vale ressaltar ainda que os instrutores deveriam ser os primeiros a obrigar ( e dar exemplo) em relação a essas medidas preventivas.