Um segmento muito dinâmico, com uma infinidade de vertentes, caminhos, aplicações e ferramentas. E mais, com novas áreas como a Inteligência Artificial, Computação em Nuvem, Internet das Coisas (IoT), Análise de Dados (Data Analytics) e experimentando um crescimento exponencial. Não é à toa que empresas de todos os tamanhos, áreas de atuação e orçamentos estão de olho no mercado de Tecnologia e, é claro, buscando profissionais para desenvolver e manter suas infraestruturas de TI.
Quando associamos essa alta procura à necessidade de aprendizado contínuo, adaptabilidade a novas tecnologias e metodologias, em suas mais diversas áreas, por parte dos profissionais, nos deparamos com uma conta que não fecha. A oferta de especialistas menor do que a demanda por eles é um problema recorrente do segmento tecnológico e algo que deve se agravar nos próximos anos, se a força de trabalho do país não acompanhar esse movimento. Claro, não é por falta de interesse dos profissionais que isso ocorre. Existem muitas pessoas estudando e se desenvolvendo, mas, ainda assim, não conseguem atender toda a necessidade do mercado.
O relatório global da Gi Group Holding mostrou um número significativo de 47,3% das empresas em 13 países-chave que afirmaram lutar para encontrar pessoal proficiente em competências digitais avançadas. Apenas 12,4% dos entrevistados disseram não ter tido dificuldades. No Brasil, o índice de empresas que sofrem “um pouco” ou “em grande medida” para contratar esses profissionais com habilidades digitais avançadas ficou próximo da média global, em 43,7%; apenas 10,9% relataram não ter esse problema.
É uma dificuldade que cresce em empresas médias e pequenas que não têm a expertise para contratação desses profissionais e nem conhecimento técnico para entender do que realmente precisam. Diante disso, a terceirização do processo de busca e seleção desses profissionais, com empresas especializadas nesse tipo de serviço, pode facilitar o acesso a uma mão de obra qualificada. Este é um dos caminhos para que esse cenário de “escassez” diminua. Aliado, é claro, a uma política de investimento constante em educação e capacitação profissional.
Há algumas tendências positivas nisso tudo. Com as pessoas, cada vez mais, crescendo já familiarizadas com a tecnologia, é esperado que tenham mais apreço e facilidade de lidar com suas aplicações, o que facilita os processos de aprendizagem. Além disso, existe a perspectiva do desenvolvimento de ferramentas mais simples, de automação, para que as pessoas possam operar e trazer produtividade ao utilizar as ferramentas de TI, eliminando trabalhos manuais e repetitivos. Os negócios e pessoas não precisarão se adaptar a tecnologia, crescerão organicamente com ela. E isso trará um pouco mais de equilíbrio para a busca por profissionais do setor, que continuarão mais dedicados às questões de alta complexidade.