Nos tempos atuais, falar da onipresença de Deus é importante, pois há uma epidemia de síndrome do pânico, de crises de ansiedade, angústia e suicídios na humanidade.
Quando assistimos aos programas de televisão e estamos nas redes sociais, principalmente, tudo parece nos levar a crer que a vida é cor-de-rosa, mas nós sabemos que a vida não é um mar de rosas.
Na maioria das vezes, a realidade é cinza e o mundo é solitário para muitas pessoas.
Inúmeras dificuldades nós enfrentamos no dia a dia, como, por exemplo, indivíduos que nos dão rasteira e querem nos prejudicar.
Existe na sociedade, nos dias de hoje, a violência urbana que torna nossas vidas extremamente difíceis.
E a sociedade exige que as nossas vidas sejam perfeitas, que estejamos sempre alegres, com dinheiro, com os corpos em forma, bonitos e assim por diante. Por isso, fingimos e escondemos as dores que temos.
As redes sociais contribuem, significativamente, para propagar a falsa ideia de que temos uma vida perfeita, uma vida feliz o tempo inteiro e sem momentos tristes.
A vida dos famosos parece fantástica, ou seja, nunca tiveram nenhum tipo de problema.
E então, percebemos, olhando para nós mesmos, que a realidade tal qual ela é, é dura, e sem um mar de rosas.
A maioria das pessoas trabalha muitas horas por dia e não tem tempo para o lazer diário tão necessário e para a vivência do ócio a fim de poder recompor a mente e evitar estresse.
Esse cotidiano “pesado” vai criando uma angústia e frustração nos indivíduos e não é fácil conviver com essa situação.
Porém, na verdade, a vida não é cor-de-rosa e nem apenas cinza, ela é um misto de várias cores ao longo da existência.
Portanto, há momentos mais fáceis na vida, momentos mais difíceis e há momentos que são trágicos.
É interessante lembrar Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo alemão, ao defender uma ideia fantástica chamada de “amor fati”.
“Amor fati” é amar a vida com tudo de bom e ruim que ela tem para nos dar. Aceitando tudo e entendendo que a vida, também, é composta por tragédias.
Assim sendo, esse pensamento de Nietzsche que ele defende, significa que a realidade é composta, também, por tragédias, e não tem como evitá-las.
A sociedade contemporânea é uma sociedade que não gosta de tragédias. Ela quer escamotear as coisas ruins. Porém, as catástrofes fazem parte da vida, isto é, fazem parte da nossa realidade e não há possibilidade de fugir delas.
Por isso, a importância do entendimento do “amor fati” a que Nietzsche se refere!
A vida tem coisas maravilhosas para nos dar, momentos inesquecíveis e situações que nós gostaríamos de eternizá-las.
Portanto, a ideia diante do lado difícil da vida é não se desesperar.
É fundamental aprender a lidar com a realidade dura que nos cerca, reconhecendo o amor que a vida tem para nos dar.
Encarar a vida de frente é aceitar a vida como ela é!
E ter um olhar para as tragédias com o entendimento do “amor fati” de Nietzsche é enxergar um momento triste e transformá-lo em uma coisa boa.
Enfim, devemos amar a vida pelo que ela tem a nos oferecer.
“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.”
Friedrich Nietzsche (1844-1900), filósofo alemão.